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Vulcão submarino deve entrar em erupção até o final do ano – e você pode ver

O Monte Submarino Axial é um vulcão subaquático localizado no Oceano Pacífico a cerca de 480 quilômetros da costa dos Estados Unidos. A última vez que ele entrou em erupção foi em 2015, quando expeliu lava e detritos por 40 quilômetros.

Agora, equipes de geólogos encontraram sinais reveladores de que uma nova explosão é iminente. A previsão é que isso acontece até o final deste ano e todo o fenômeno pode acabar sendo transmitido ao vivo.

Câmera registra atividade do vulcão

  • Desde 2016, a Ocean Observatory Initiative tem monitorado a região ao redor do monte submarino usando uma câmera.
  • O equipamento se concentra em um depósito de águas termais de 4,2 metros chamado “Cogumelo” localizado dentro do campo de ventilação do Monte Submarino Axial.
  • Dessa forma, é possível assistir a movimentação do vulcão em tempo real.
  • E, em caso de erupção, tudo será registrado.
  • Você pode conferir através deste site.
Vulcão submarino é monitorado de perto (Imagem: Administração Oceânica e Atmosférica Nacional)

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Explosão causará impactos para os ecossistemas marinhos

Com base nos dados disponíveis até agora, os cientistas afirmam que o Monte Submarino Axial está se preparando para entrar em erupção. A previsão é que isso aconteça entre agora e, no máximo, o final de 2025.

Apesar disso, os pesquisadores lembram que prever erupções de vulcões submarinos é algo muito difícil. As evidências sugerem que ele está silenciosamente aumentando a pressão a uma taxa que indica que um evento explosivo está para acontecer.

Erupção pode destruir ecossistemas marinhos (Imagem: Solarisys/Shutterstock)

A boa notícia é que o vulcão não representa nenhum risco para a vida humana. Ele não produzirá tsunamis, terremotos ou mesmo uma pluma de fumaça. Por outro lado, a explosão pode cobrir o fundo do mar com uma camada de lava, destruindo ecossistemas e proporcionando a outros um novo solo fértil.

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Vídeo capta momento de erupção de vulcão na Itália; veja

Localizado na Sicília, no sul da Itália, o Etna é considerado o vulcão mais ativo da Europa. Para fazer jus ao seu título, ele explodiu violentamente nesta semana, liberando uma enorme nuvem de fumaça de vários metros de altura.

Um vídeo registrou o momento exato da erupção. As imagens mostram uma avalanche de material vulcânico descendo pelas encostas, assustando turistas que precisaram correr para buscar abrigo em meio ao fenômeno.

Erupção liberou nuvem de cinzas que chegou a 6.500 metros de altura

Segundo as autoridades italianas, o fenômeno ocorreu a uma altura de 2.900 metros acima do nível do mar, longe dos centros habitados. No entanto, uma parte da cratera desabou e assustou dezenas de pessoas que faziam uma excursão no local.

Etna tem histórico de erupções (Imagem: lapissable/Shutterstock)

A nuvem de cinzas chegou a 6.500 metros de altura, quase o dobro da altura do vulcão. Ela continha dióxido de enxofre, que pode causar problemas respiratórios e irritações. Apesar disso, não há registro de feridos ou de pessoas afetadas indiretamente pela explosão.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, do Observatório do Etna, emitiu o alerta mais alto por conta das altas nuvens de cinzas e fumaça. Apesar disso, o Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, em Catânia, segue em funcionamento até o momento.

Veja abaixo o vídeo com o momento exato da erupção:

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Erupção do vulcão Etna liberou uma enorme nuvem de fumaça (Imagem: reprodução/redes sociais)

Atividade vulcânica constante e turismo

  • O Etna também havia entrado em erupção no início deste ano.
  • Em 11 de fevereiro uma fissura se abriu na cratera sudoeste de Bocca Nuova, liberando fluxos de lava.
  • Apesar de ser algo comum na região, as autoridades italianas estão preocupadas com os impactos dessa atividade vulcânica.
  • Isso porque o local é conhecido pelo turismo e o movimento se tornou “selvagem” e “perigoso”, de acordo com o próprio governo da Itália.
  • Uma das medidas que está sendo estudada é proibir a aproximação de grupos de pessoas.

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Vulcão entra em erupção na Itália e assusta turistas; veja

O vulcão mais ativo da Europa voltou a entrar em erupção. Localizado na Sicília, no sul da Itália, o Etna explodiu violentamente na manhã desta segunda-feira (2), liberando uma enorme nuvem de fumaça de vários metros de altura.

Segundo as autoridades italianas, o fenômeno ocorreu a uma altura de 2.900 metros acima do nível do mar, longe dos centros habitados. No entanto, uma parte da cratera desabou e assustou dezenas de pessoas que faziam uma excursão no local.

Não há informação de feridos

Segundo o Instituto Nacional de Física e Vulcanologia (INGV), a nuvem foi provocada por um fluxo piroclástico, formado por gás quente, rochas e cinzas expelidos por um vulcão. Este material foi produzido por um colapso na face sudeste do vulcão.

O fenômeno também causou um terremoto de magnitude ainda incerta, assustando moradores da região. A imprensa italiana ainda destaca que muitos turistas precisaram fugir e que não há informações sobre feridos.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a enorme quantidade de material vulcânico descendo pela montanha, gerando uma nuvem de fumaça que rapidamente cobriu o Etna e atingiu vários quilômetros de altura.

O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, do Observatório do Etna, emitiu o alerta mais alto por conta das altas nuvens de cinzas e fumaça. Apesar disso, o Aeroporto Internacional Vincenzo Bellini, em Catânia, segue em funcionamento até o momento.

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Erupção do vulcão Etna liberou uma enorme nuvem de fumaça (Imagem: reprodução/redes sociais)

Atividade vulcânica constante e turismo

  • O Etna também havia entrado em erupção no início deste ano.
  • Em 11 de fevereiro uma fissura se abriu na cratera sudoeste de Bocca Nuova, liberando fluxos de lava.
  • Apesar de ser algo comum na região, as autoridades italianas estão preocupadas com os impactos dessa atividade vulcânica.
  • Isso porque o local é conhecido pelo turismo e o movimento se tornou “selvagem” e “perigoso”, de acordo com o próprio governo da Itália.
  • Uma das medidas que está sendo estudada é proibir a aproximação de grupos de pessoas.

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Magma não é fator para terremotos na Itália, sugere estudo 

Controlar o escoamento de água e diminuir os níveis das águas subterrâneas pode ser a solução para evitar terremotos que têm sacudido o sul da Itália com intensidade crescente desde 2022. É o que sugere um estudo publicado na revista Science Advances.

Pesquisadores de Stanford acreditam que essa estratégia pode reduzir a pressão do fluido dentro do reservatório geotérmico de Campi Flegrei, uma área vulcânica onde a terra sofre movimentos verticais lentos.

Imagens do subsolo e experimentos de laboratório mostraram como o acúmulo de pressão da água e do vapor no reservatório pode causar terremotos quando a rocha de cobertura, ou tampa, se fecha.

Vista da cratera Solfatara, uma das depressões de Campi Flegrei (Imagem: GiovanniPh/iStock)

Uma grande caldeira à céu aberto

A área vulcânica de Campi Flegrei abriga um reservatório geotérmico coberto sob a cidade de Pozzuoli, a oeste de Nápoles e do Monte Vesúvio. Trata-se de uma caldeira de 13 quilômetros de largura formada por grandes erupções há cerca de 39.000 e 15.000 anos.

A região afundou cerca de 90 centímetros após erupções observadas entre 1982 e 1984. Moradores de Pozzuoli observam a maneira como a caldeira “respira”, emitindo fumaça e movimentando o solo, às vezes metros para cima ou para baixo, segundo o artigo.

Naquela época, o porto de Pozzuoli ficou tão raso que os navios não conseguiam mais atracar. Depois disso, um terremoto de magnitude 4 e milhares de microterremotos levaram à evacuação de 40.000 pessoas.

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Por que a pesquisa importa?

Historicamente, a elevação ou depressão de áreas vulcânicas têm sido associadas à movimentação do magma e de gases que sobem para a superfície. Mas a pesquisa desafia essa teoria e aponta outros fatores para a deformação do terreno:

  • Os cientistas observaram que a recorrência de um reservatório superpressurizado estava por trás da sismicidade no início da década de 1980 e novamente nos últimos 15 anos;
  • Eles examinaram 24 anos de padrões de precipitação, as direções do fluxo de água subterrânea e o processo de selamento da rocha de cobertura para entender a recarga do reservatório geotérmico e seu acúmulo de pressão. 
Análise mostrou que os terremotos começavam dentro da rocha de cobertura (Imagem: Fabrizio Fiorenzano/iStock)

“Estamos observando algo que ocorreu com décadas de diferença, mas há semelhanças profundas nas imagens, que apontam não apenas para um padrão cíclico do fenômeno, mas também para uma causa subjacente comum”, disse a coautora Grazia De Landro, pesquisadora da Universidade de Nápoles Federico II, na Itália, e pesquisadora visitante em Stanford.

A análise mostrou que os terremotos começavam dentro da rocha de cobertura, a uma profundidade relativamente rasa de cerca de 1,6 km.

Se o magma ou seus gases subindo para profundidades menores fossem os principais causadores da agitação, seria esperado o padrão oposto — terremotos começando mais perto da região mais profunda do degelo, cerca de 8 km abaixo da superfície, e se tornando progressivamente mais rasos com o tempo, de acordo com os pesquisadores.

Por isso, os cientistas suspeitam que a elevação da terra é sinal de explosões causadas por vapor, desencadeadas quando a água líquida se transforma rapidamente para estado gasoso durante fraturas causadas por terremotos.

Os pesquisadores agora esperam comunicar os mecanismos que causam agitação no sistema de fervura às autoridades locais do governo italiano.

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Tsunami já atingiu o Brasil. Pode acontecer de novo?

Imagine um paredão de água atravessando o Atlântico para engolir a costa brasileira. Foi esse o pesadelo encenado pela Netflix na série Inferno em La Palma. O enredo é baseado em um estudo de 2001, que sugeria que o colapso do vulcão Cumbre Vieja, na Espanha, poderia gerar um megatsunami capaz de atingir o Brasil.

A hipótese ganhou visibilidade com a ficção, mas não se sustenta diante das evidências científicas mais recentes. Ao longo das últimas duas décadas, pesquisadores coletaram novos dados sobre a geologia da região e aprimoraram os modelos de simulação de tsunamis.

Em entrevista ao Olhar Digital, a geóloga Alice Westin Teixeira, do Instituto de Geociências da USP, desmonta o mito do tsunami na costa brasileira com dados atualizados e explica por que estamos de fora do roteiro de tragédias geológicas globais.

O tsunami da Netflix não passa de ficção — e a ciência prova isso

Modelos mais avançados e dados coletados nas últimas décadas mostram que o Cumbre Vieja dificilmente entraria em colapso da forma explosiva imaginada em 2001. Em vez de uma massa gigantesca de terra deslizando de uma só vez para o mar, os deslizamentos na região ocorrem de forma gradual, com fragmentos pequenos e em velocidades bem menores.

Erupção do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, Espanha (Imagem: NeyroM/Shutterstock)

Essas descobertas colocam o chamado “megatsunami do Atlântico” no campo da ficção. Como destaca um artigo do site The Conversation, a hipótese original foi superestimada. Nenhum dos mais de 17 eventos vulcânicos registrados nas Ilhas Canárias desde o século XV gerou ondas capazes de cruzar o oceano.

O texto foi escrito pelas especialistas Hannah Little (Universidade de Liverpool), Janine Krippner (Universidade de Waikato) e Katy Chamberlain (Universidade de Liverpool).

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Além disso, o Brasil está longe das zonas sísmicas mais perigosas do planeta. “Hoje sabemos que esse tipo de tsunami é extremamente improvável”, reforça Alice Westin. Segundo a geóloga, sem o choque entre placas tectônicas, megaterremotos e ondas gigantes simplesmente não fazem parte da nossa realidade geológica.

Por que o Brasil é um dos lugares mais seguros do mundo contra desastres naturais

Ao contrário de países como Japão, Indonésia ou Chile, o Brasil está localizado sobre uma placa tectônica estável, distante dos limites onde ocorrem os grandes choques geológicos. Isso significa que aqui não há o acúmulo de tensão necessário para provocar terremotos devastadores — e, por consequência, tsunamis de grande escala.

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Sem falhas tectônicas ativas, país permanece imune a grandes terremotos (Imagem: Allexxandar/Shutterstock)

Embora pequenos tremores sejam registrados ocasionalmente no Brasil, eles são fracos e raramente provocam danos. Quando há algum transtorno, o problema costuma estar na vulnerabilidade das construções. Como explica Alice Westin, os abalos sentidos por aqui são leves demais para causar estragos em estruturas bem planejadas.

A mesma lógica vale para ondas gigantes. Sem falhas geológicas ativas sob o mar próximo à costa, não há energia suficiente acumulada para empurrar colunas de água rumo ao continente. Em tempos de desinformação viral, a ciência segue sendo a âncora mais firme contra o pânico — e, felizmente, ela está do lado do Brasil nessa história.

Você pode acompanhar a entrevista na íntegra!

O tsunami que atingiu o Brasil

No dia 1º de novembro de 1755, um tsunami atingiu o litoral do Nordeste brasileiro, destruindo algumas habitações. Duas pessoas desapareceram. O maremoto teve origem em um terremoto ocorrido em Lisboa.

O tema foi abordado pela Rede Sismográfica Brasileira em um vídeo com o professor aposentado do Instituto de Geociências e ex-chefe do Observatório Sismológico da UnB, José Alberto Vivas Veloso, autor do livro Tremeu a Europa e o Brasil também.

O trabalho serviu como ponto de partida para uma pesquisa da UERJ, em parceria com cientistas portugueses, que buscou — e encontrou — evidências físicas da chegada desse tsunami. Até então, o fenômeno era conhecido apenas por meio de registros artísticos e documentos históricos, como livros, cartas e pinturas da época.

As ondas não foram muito altas, variando entre 1 e 2 metros, mas o volume de água foi significativo, alcançando até 4 quilômetros de distância da linha da costa.

As informações indicam que o terremoto de 1755 foi o maior já registrado na Europa, atingindo 8,7 graus na escala Richter. Lisboa foi devastada, assim como grande parte do sul da Espanha e do Marrocos.

Poucos registros oficiais foram preservados, mas estima-se que entre 20 mil e 30 mil pessoas tenham morrido — embora algumas fontes apontem para até 100 mil mortes. A tragédia marcou o início da era moderna nos estudos sismológicos.

Sobre o Brasil, a geóloga Alice Westin Teixeira explica: “não há possibilidade de tragédia no Brasil como essas que vemos em outros países. Vamos supor que aconteça um terremoto em Lisboa daquela magnitude. É muito improvável que isso aconteça e que chegue aqui no Brasil (um tsunami). E, mesmo que chegue, é improvável que cause um tragédia. A tragédia é praticamente impossível”.

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Tsunami no Brasil? Entenda a remota possibilidade

O vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção pela última vez em 2021. A explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.

Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão poderia ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira⁣, mas essa hipótese é muito, muito distante. E, cientificamente, um tanto rejeitada.

Por exemplo: um estudo do pesquisador estadunidense George Parara-Carayannis, presidente da Tsunami Society International, apontou que um colapso dessa magnitude é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada“.

Parara-Carayannis ainda disse que as pesquisas mais recentes que preveem tsunamis originados por uma erupção do Cumbre Vieja têm base em suposições equivocadas.

“[Uma] atenção e publicidade inapropriadas da mídia a tais resultados probabilísticos têm criado ansiedade desnecessária de que megatsunamis poderiam ser iminentes e devastar populações costeiras em localidades distantes da origem – nos oceanos Atlântico e Pacífico”, continuou.

Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção pela última vez em 2021 (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)

Possibilidade é considerada bastante remota

  • As projeções indicam que, em um cenário longínquo e catastrófico, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
  • Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
  • Mas, calma, não é preciso entrar em pânico.
  • Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
  • Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
  • As informações são da Agência Brasil.

Como mostrou reportagem da VEJA, uma série de pesquisas mostra que a chance de um megatsunami é quase impossível e não se sustenta em evidências científicas. A matéria cita a avaliação do Serviço Geológico dos Estados Unidos de que é “altamente improvável” um cenário do tipo. Provavelmente, levaria centenas de milhares de anos para um deslizamento de terra tão grande.

Apesar de o vulcão ter passado por erupções, nenhuma delas desencadeou um deslizamento de terra massivo — muito menos dessa magnitude. Na pior das hipóteses, uma erupção comum causaria ondas de 2 metros, semelhantes às de uma tempestade.

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Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileiro

Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.

Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.

“Estudos mais recentes dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas”, afirmou, em estudo.

A possibilidade de ocorrência deste evento por si só deveria ser razão para a prevenção de todos os tipos de danos na costa brasileira, porém até o momento nada foi feito. A falta de informação é a principal causadora deste problema, pois inclusive no meio geológico muitas pessoas não sabem sobre tal fato.

Mauro Gustavo Reese Filho, geólogo da Universidade Federal do Paraná

O Brasil já passou por um tsunami?

Apesar de os pesquisadores apontarem que a chance de esse fenômeno chegar ao Brasil é remota, isso já aconteceu por aqui. Uma pesquisa de 2020, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), liderada pelo professor Francisco Dourado, do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres (Cepedes), diz que, em 1755, o país enfrentou um tsunami.

Só que esse não foi um fenômeno “comum”: ele teria sido causado por um forte terremoto que assolou Lisboa (Portugal) no mesmo ano. Vale lembrar que os países estão separados por um Oceano Atlântico.

Como visto na publicação acima, a Rede Sismográfica Brasileira tratou do tema no X, na qual há um vídeo do professor aposentado do Instituto de Geociências e ex-chefe do Observatório Sismológico da UnB, José Alberto Vivas Veloso, falando sobre o assunto.

As informações do estudo dão conta de que o terremoto de 1755 foi o maior que a Europa já viu, atingindo 8,7 graus na escala Richter. Lisboa foi destruída, bem como grande parte do sul de Espanha e Marrocos. Foi por conta dele que um tsunami atingiu Irlanda e Caribe.

Poucos são os registros, mas estima-se que entre 20 mil e 30 mil pessoas faleceram; contudo, outros dados dão conta de que as mortes chegaram a 100 mil. Como diz a BBC, O ocorrido deu início à era moderna nos estudos sismológicos.

O trabalho de Dourado e sua equipe baseou-se em levantamento histórico do professor Alberto Veloso, que escreveu o livro “Tremeu a Europa e o Brasil também“. Foram estudados 270 quilômetros e 22 praias localizadas entre Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco.

Veloso diz: “No início da tarde de 1º de novembro de 1755, um tsunami atingiu o litoral do Nordeste. Ele penetrou terra adentro, destruiu habitações modestas e desapareceu com duas pessoas. Isso é desconhecido da maioria dos brasileiros.”

Além disso, foram deixadas quatro cartas da época que relatam o fenômeno, escritas pelo arcebispo da Bahia, pelos governadores de Pernambuco e da Parayba e por um militar. Elas estão sob a guarda do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa.

Onda grande reproduzida em ilustração com o sol da tarde ao fundo
Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Uma carta de 10 de maio de 1756 retrata o acontecimento, registrado em 1 de novembro de 1755. “As águas transcenderam os seus limites e fizeram fugir os habitantes das praias.”

Outra que também aparece no estudo e foi escrita em 4 de março de 1756, diz que, “em Lucena e Tamandaré, a enchente do terremoto entrou pela terra adentro coisa de uma légua (4 a 5 km) terra adentro e levou algumas casas de palhoça e falta um rapaz e uma mulher”.

Os pesquisadores documentaram evidências de que o tsunami provocado pelo terremoto de Lisboa chegou às costas brasileiras. Análises revelaram microorganismos e elementos químicos em praias brasileiras que só poderiam ter sido transportados por grandes ondas. O estudo começou com simulações matemáticas do possível trajeto do tsunami antes de prosseguir com investigações de campo.

Na praia de Pontinhas (PB), pesquisadores identificaram camada de areia grossa contendo vestígios do fenômeno. Segundo a pesquisa da UERJ, as ondas que atingiram a praia de Lucena (PB) alcançaram entre 1,7 e 1,8 metro de altura, enquanto em Tamandaré (PE), as ondas chegaram a 1,8-1,9 metro, com volume substancial de água.

Estas ondas penetraram significativamente no continente: até quatro quilômetros em áreas próximas a rios e na região da Ilha de Itamaracá (PE), 800 metros em Tamandaré e 300 metros em Lucena.

Em publicação na Revista da USP (2018), o professor Veloso examina a classificação de ondas gigantes registradas no Brasil como possíveis “tsunamis”. Ele observa que tsunamis são raros, mas podem ocorrer em qualquer oceano ou mar, variando em tamanho e impacto.

O artigo questiona: “Já ocorreu, ou poderá acontecer, um tsunami no Brasil?” A resposta não é simples. A explicação tradicional para a ausência de tsunamis no Brasil é a raridade de terremotos submarinos de grande magnitude na região. Contudo, Veloso adverte que a falta de registros históricos não exclui a possibilidade futura, mesmo que remota, de um tsunami significativo.

“O desconhecimento de abalos significativos no passado e o não registro de sismos fortes na atualidade não asseguram situação similar para o futuro.” Veloso analisa cinco casos de “manifestações marinhas incomuns” no litoral brasileiro:

  • São Vicente (SP), em 1541;
  • Salvador, em 1666;
  • Cananeia (SP), em 1789;
  • Baía de Todos os Santos (BA), em 1919;
  • Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PE), em 2006.

A maioria destes eventos não foi precedida por atividade sísmica ou vulcânica, descaracterizando-os como tsunamis genuínos. Os incidentes em Cananeia e na Baía de Todos os Santos tiveram origem em terremotos de baixa magnitude.

O estudo identificou um tremor que gerou ondas semelhantes a um pequeno tsunami. Embora modesto, este caso é significativo por representar a validação de um “minitsunami” brasileiro.

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Tsunami no Brasil pode ser causado por erupção de vulcão nas Ilhas Canárias?

O vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção nas últimas horas. Cientistas já haviam detectado um aumento na atividade sísmica na região e a explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.

Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão pode ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira.

Possibilidade é considerada bastante remota

  • As projeções indicam que, neste caso, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
  • Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
  • Mas calma, não é preciso entrar em pânico.
  • Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
  • Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
  • As informações são da Agência Brasil.
Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção neste domingo (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)

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Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileira

Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.

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Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.

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Em regiões com vulcões ativos, a lava não é a maior ameaça à vida humana

Quando pensamos em vulcões, a imagem mais comum são rios de lava brilhante e explosões dramáticas. No entanto, o maior perigo muitas vezes vem de algo mais sutil: as cinzas vulcânicas, como explica um artigo do site The Conversation.

Enquanto o Monte Spurr, no Alasca, dá sinais de possível atividade, especialistas alertam para os riscos dessa poeira fina e tóxica que pode se espalhar por milhares de quilômetros. Diferente da lava, as cinzas viajam longe, permanecem por mais tempo no ambiente e causam impactos devastadores.

Elas são formadas por fragmentos de rocha, vidro e minerais que se desprendem quando o magma entra em erupção. Essas partículas são lançadas na atmosfera e transportadas por ventos de alta altitude, retornando à superfície como uma poeira perigosa – mesmo a grandes distâncias do vulcão.

Efeitos na saúde humana e animal

Respirar cinzas pode irritar os pulmões, desencadear crises de asma e, em casos graves, causar doenças respiratórias crônicas como a silicose. Crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares são especialmente vulneráveis.

Animais também sofrem: pets apresentam inflamações e o gado corre risco de morte por ingestão ou intoxicação.

As cinzas podem sufocar plantações, bloquear a luz solar e contaminar o solo com metais pesados e substâncias tóxicas.

Cinzas vulcânicas tem efeitos duradouros e podem chegar a atingir pontos mais distantes do que a lava – Imagem: Wirestock Creators / Shutterstock

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Após grandes erupções, campos inteiros podem se tornar improdutivos por anos. Além disso, cursos d’água e lençóis freáticos ficam vulneráveis à contaminação, ameaçando ecossistemas inteiros.

A presença de cinzas no ar pode paralisar aeroportos, como aconteceu na Europa em 2010 após a erupção do Eyjafjallajökull.

As partículas danificam turbinas de aviões, sistemas elétricos e podem causar o colapso de telhados pelo peso acumulado. Serviços de água, energia e comunicação também ficam comprometidos.

Como se proteger durante uma queda de cinzas

  • A recomendação principal é ficar em locais fechados.
  • Quem precisar sair deve usar máscaras N95, proteger reservatórios de água e garantir alimentos limpos para o gado.
  • A limpeza de telhados é essencial para evitar desabamentos.
  • Comunidades rurais e de baixa renda são as mais afetadas, especialmente onde o acesso a abrigo e recursos é limitado.

Apesar de sua aparência inofensiva, as cinzas vulcânicas representam um perigo real e duradouro. Reconhecer esses riscos e se preparar pode salvar vidas. Monitoramento, alertas públicos e ações preventivas são fundamentais para reduzir os impactos desse inimigo invisível que cai do céu.

Visualmente, a lava pode assustar mais do que as cinzas, mas é preciso se proteger de ambas adequadamente – Imagem: Andrii Duhin/Shutterstock

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Vulcão entra em erupção pela 10ª vez em 3 anos na Islândia

Após ficar adormecido por 800 anos, um vulcão na Islândia tem tido um comportamento bastante ativo nos últimos meses. Nesta semana, ele voltou a entrar em erupção, o que exigiu a evacuação da cidade Grindavik e de um spa de luxo.

Segundo autoridades do país, o fluxo de magma começou por volta das 6h30 do horário local (3h30 no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º).

Ele foi acompanhado de tremores, semelhante ao que aconteceu em erupções anteriores.

Erupção não deixou feridos

  • Em comunicado, o Met Office da Islândia afirmou que “a fissura tem agora cerca de 500 metros de comprimento”.
  • As autoridades ainda destacaram que ela continua crescendo, especialmente mais ao sul da região.
  • Os tremores não afetaram diretamente a capital, Reykjavik, mas continuam sendo monitorados.
  • Além disso, não houve dispersão significativa de cinzas na estratosfera, evitando interrupções no tráfego aéreo, por exemplo.
  • De qualquer forma, a Islândia continua em estado de alerta.
Fluxo de lava ameaça populações vizinhas (Imagem: divulgação/Proteção Civil da Islândia)

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Atividade vulcânica está aumentando

Esta é a décima erupção do vulcão em um período de apenas três anos. Por conta da intensa atividade vulcânica, Grindavik chegou a ser esvaziada ainda no final de 2023. Na oportunidade, os moradores puderam voltar para suas casas no dia 22 de dezembro, antes de serem removidos do local mais uma vez.

Após a primeira erupção, muros foram construídos ao redor do vulcão. O objetivo era que, em caso de novas atividades vulcânicas, a lava fosse direcionada para longe das casas.

Erupção começou nesta segunda-feira (1º) (Imagem: divulgação/Met Office)

Uma das explicações para as várias erupções registradas no local é que a ilha da Islândia fica entre duas placas tectônicas: a norte-americana e a euroasiática. Uma falha contorna a capital da Islândia, Reykjavik, e atravessa diretamente a península de Reykjanes, onde fica Grindavik.

No total, o país tem 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos, catalogados como ativos. Em média, ocorre uma erupção a cada quatro ou cinco anos em território islandês.

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Cidades do futuro podem ser construídas com… lava vulcânica!

Uma arquiteta da Islândia propõe uma abordagem inédita para levantar casas de forma sustentável. Para Arnhildur Pálmadóttir, a lava vulcânica pode ter seu poder destrutivo transformado em um material de construção no futuro.

A especialista lançou um projeto de design hipotético para simular como seria a substituição de mineração ou geração de energia não renovável pela lava dos vulcões da Islândia. O trabalho “Lavaforming” é conduzido pelo escritório s.ap architects, localizado na capital Reykjavík.

A ilha nórdica marca o encontro das placas Eurasiana e Norte-Americana, tornando a região um centro de atividade vulcânica. É uma ameaça persistente, mas também uma oportunidade única de energia geotérmica, que responde por 66% das fontes do país, segundo o site IFL Science.

Obstáculo técnico seria a padronização das estruturas após o resfriamento da lava (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

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Controlando o fluxo da lava vulcânica

Pálmadóttir explica que a lava derretida poderia ser guiada para canais e então deixada para solidificar em rocha durável, criando fundações sólidas para edifícios, talvez até cidades inteiras.

“A arquitetura está em uma mudança de paradigma, e muitos dos nossos métodos atuais foram considerados obsoletos ou prejudiciais a longo prazo. Em nossa situação atual, precisamos ser ousados, pensar de novas maneiras, olhar para os desafios e encontrar os recursos certos”, disse a arquiteta ao site.

Um dos maiores obstáculos técnicos é o controle de resfriamento da lava, que tem temperaturas variando de 700 a 1.200 °C. O fluxo pode se solidificar em formas irregulares e imprevisíveis, dependendo da rapidez com que esfria, comprometendo a uniformidade necessária para a fundação de um edifício, por exemplo.

Fluxo da lava seria controlado para construir fundações de cidades (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

A ideia será apresentada em uma exposição visual no pavilhão nacional da Islândia na 19ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que ocorrerá de 10 de maio a 23 de novembro. 

“Em nossa história, situada em 2150, aproveitamos o fluxo de lava, assim como fizemos com a energia a vapor 200 anos antes na Islândia. Olhamos para a história em busca de eventos que influenciaram o desenvolvimento, mas o objetivo com nossa história é mostrar que a arquitetura pode ser a força que repensa e molda um novo futuro”, diz o site do projeto.

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