Tsunami no Brasil? Entenda a remota possibilidade

O vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção pela última vez em 2021. A explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.

Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão poderia ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira⁣, mas essa hipótese é muito, muito distante. E, cientificamente, um tanto rejeitada.

Por exemplo: um estudo do pesquisador estadunidense George Parara-Carayannis, presidente da Tsunami Society International, apontou que um colapso dessa magnitude é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada“.

Parara-Carayannis ainda disse que as pesquisas mais recentes que preveem tsunamis originados por uma erupção do Cumbre Vieja têm base em suposições equivocadas.

“[Uma] atenção e publicidade inapropriadas da mídia a tais resultados probabilísticos têm criado ansiedade desnecessária de que megatsunamis poderiam ser iminentes e devastar populações costeiras em localidades distantes da origem – nos oceanos Atlântico e Pacífico”, continuou.

Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção pela última vez em 2021 (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)

Possibilidade é considerada bastante remota

  • As projeções indicam que, em um cenário longínquo e catastrófico, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
  • Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
  • Mas, calma, não é preciso entrar em pânico.
  • Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
  • Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
  • As informações são da Agência Brasil.

Como mostrou reportagem da VEJA, uma série de pesquisas mostra que a chance de um megatsunami é quase impossível e não se sustenta em evidências científicas. A matéria cita a avaliação do Serviço Geológico dos Estados Unidos de que é “altamente improvável” um cenário do tipo. Provavelmente, levaria centenas de milhares de anos para um deslizamento de terra tão grande.

Apesar de o vulcão ter passado por erupções, nenhuma delas desencadeou um deslizamento de terra massivo — muito menos dessa magnitude. Na pior das hipóteses, uma erupção comum causaria ondas de 2 metros, semelhantes às de uma tempestade.

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Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileiro

Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.

Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.

“Estudos mais recentes dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas”, afirmou, em estudo.

A possibilidade de ocorrência deste evento por si só deveria ser razão para a prevenção de todos os tipos de danos na costa brasileira, porém até o momento nada foi feito. A falta de informação é a principal causadora deste problema, pois inclusive no meio geológico muitas pessoas não sabem sobre tal fato.

Mauro Gustavo Reese Filho, geólogo da Universidade Federal do Paraná

O Brasil já passou por um tsunami?

Apesar de os pesquisadores apontarem que a chance de esse fenômeno chegar ao Brasil é remota, isso já aconteceu por aqui. Uma pesquisa de 2020, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), liderada pelo professor Francisco Dourado, do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres (Cepedes), diz que, em 1755, o país enfrentou um tsunami.

Só que esse não foi um fenômeno “comum”: ele teria sido causado por um forte terremoto que assolou Lisboa (Portugal) no mesmo ano. Vale lembrar que os países estão separados por um Oceano Atlântico.

Como visto na publicação acima, a Rede Sismográfica Brasileira tratou do tema no X, na qual há um vídeo do professor aposentado do Instituto de Geociências e ex-chefe do Observatório Sismológico da UnB, José Alberto Vivas Veloso, falando sobre o assunto.

As informações do estudo dão conta de que o terremoto de 1755 foi o maior que a Europa já viu, atingindo 8,7 graus na escala Richter. Lisboa foi destruída, bem como grande parte do sul de Espanha e Marrocos. Foi por conta dele que um tsunami atingiu Irlanda e Caribe.

Poucos são os registros, mas estima-se que entre 20 mil e 30 mil pessoas faleceram; contudo, outros dados dão conta de que as mortes chegaram a 100 mil. Como diz a BBC, O ocorrido deu início à era moderna nos estudos sismológicos.

O trabalho de Dourado e sua equipe baseou-se em levantamento histórico do professor Alberto Veloso, que escreveu o livro “Tremeu a Europa e o Brasil também“. Foram estudados 270 quilômetros e 22 praias localizadas entre Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco.

Veloso diz: “No início da tarde de 1º de novembro de 1755, um tsunami atingiu o litoral do Nordeste. Ele penetrou terra adentro, destruiu habitações modestas e desapareceu com duas pessoas. Isso é desconhecido da maioria dos brasileiros.”

Além disso, foram deixadas quatro cartas da época que relatam o fenômeno, escritas pelo arcebispo da Bahia, pelos governadores de Pernambuco e da Parayba e por um militar. Elas estão sob a guarda do Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa.

Onda grande reproduzida em ilustração com o sol da tarde ao fundo
Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Uma carta de 10 de maio de 1756 retrata o acontecimento, registrado em 1 de novembro de 1755. “As águas transcenderam os seus limites e fizeram fugir os habitantes das praias.”

Outra que também aparece no estudo e foi escrita em 4 de março de 1756, diz que, “em Lucena e Tamandaré, a enchente do terremoto entrou pela terra adentro coisa de uma légua (4 a 5 km) terra adentro e levou algumas casas de palhoça e falta um rapaz e uma mulher”.

Os pesquisadores documentaram evidências de que o tsunami provocado pelo terremoto de Lisboa chegou às costas brasileiras. Análises revelaram microorganismos e elementos químicos em praias brasileiras que só poderiam ter sido transportados por grandes ondas. O estudo começou com simulações matemáticas do possível trajeto do tsunami antes de prosseguir com investigações de campo.

Na praia de Pontinhas (PB), pesquisadores identificaram camada de areia grossa contendo vestígios do fenômeno. Segundo a pesquisa da UERJ, as ondas que atingiram a praia de Lucena (PB) alcançaram entre 1,7 e 1,8 metro de altura, enquanto em Tamandaré (PE), as ondas chegaram a 1,8-1,9 metro, com volume substancial de água.

Estas ondas penetraram significativamente no continente: até quatro quilômetros em áreas próximas a rios e na região da Ilha de Itamaracá (PE), 800 metros em Tamandaré e 300 metros em Lucena.

Em publicação na Revista da USP (2018), o professor Veloso examina a classificação de ondas gigantes registradas no Brasil como possíveis “tsunamis”. Ele observa que tsunamis são raros, mas podem ocorrer em qualquer oceano ou mar, variando em tamanho e impacto.

O artigo questiona: “Já ocorreu, ou poderá acontecer, um tsunami no Brasil?” A resposta não é simples. A explicação tradicional para a ausência de tsunamis no Brasil é a raridade de terremotos submarinos de grande magnitude na região. Contudo, Veloso adverte que a falta de registros históricos não exclui a possibilidade futura, mesmo que remota, de um tsunami significativo.

“O desconhecimento de abalos significativos no passado e o não registro de sismos fortes na atualidade não asseguram situação similar para o futuro.” Veloso analisa cinco casos de “manifestações marinhas incomuns” no litoral brasileiro:

  • São Vicente (SP), em 1541;
  • Salvador, em 1666;
  • Cananeia (SP), em 1789;
  • Baía de Todos os Santos (BA), em 1919;
  • Arquipélago de São Pedro e São Paulo (PE), em 2006.

A maioria destes eventos não foi precedida por atividade sísmica ou vulcânica, descaracterizando-os como tsunamis genuínos. Os incidentes em Cananeia e na Baía de Todos os Santos tiveram origem em terremotos de baixa magnitude.

O estudo identificou um tremor que gerou ondas semelhantes a um pequeno tsunami. Embora modesto, este caso é significativo por representar a validação de um “minitsunami” brasileiro.

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Tsunami no Brasil pode ser causado por erupção de vulcão nas Ilhas Canárias?

O vulcão Cumbre Vieja, localizado na ilha de La Palma, na Espanha, entrou em erupção nas últimas horas. Cientistas já haviam detectado um aumento na atividade sísmica na região e a explosão liberou grandes quantidades de lava, além de nuvens de fumaça.

Apesar de ficar a noroeste da África, próximo da costa do Marrocos e do Saara Ocidental, este vulcão pode ameaçar também o Brasil. Isso porque, dependendo da força da explosão, ela teria o potencial de provocar um tsunami na costa brasileira.

Possibilidade é considerada bastante remota

  • As projeções indicam que, neste caso, ondas gigantes poderiam atingir toda a costa brasileira, de norte a sul.
  • Outros países banhados pelo Oceano Atlântico também seriam afetados.
  • Mas calma, não é preciso entrar em pânico.
  • Pesquisadores explicam que seria necessário um colapso sem precedentes na história do nosso planeta para que o pior acontecesse.
  • Ou seja, esta é uma possibilidade considerada bastante remota.
  • As informações são da Agência Brasil.
Vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção neste domingo (Imagem: Oscar Garcia-Dils/Shutterstock)

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Falta informação sobre como se proteger de tsunamis, alerta pesquisador brasileira

Apesar de um tsunami no Brasil ser algo muito distante, alguns especialistas destacam que a população brasileira deveria ser conscientizada. É o que defende o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O pesquisador brasileiro aponta a falta de cuidados preventivos na costa do nosso país. E afirma que deveriam existir sistemas de alarme que possibilitassem a evacuação de áreas atingidas por ondas gigantes ou outros desastres relacionados.

Onda grande reproduzida em ilustração com o sol da tarde ao fundo
Ocorrência de tsunami no Brasil dependeria de erupção de grande magnitude (Imagem: Willyam Bradberry/Shutterstock)

Segundo ele, a simples possibilidade de ocorrência deste evento, mesmo que remota, deveria mobilizar as autoridades. Ele conclui destacando que a falta de informação é a principal causadora deste problema, uma vez que muitas pessoas sequer imaginam que um fenômeno dessa magnitude possa acontecer.

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Em regiões com vulcões ativos, a lava não é a maior ameaça à vida humana

Quando pensamos em vulcões, a imagem mais comum são rios de lava brilhante e explosões dramáticas. No entanto, o maior perigo muitas vezes vem de algo mais sutil: as cinzas vulcânicas, como explica um artigo do site The Conversation.

Enquanto o Monte Spurr, no Alasca, dá sinais de possível atividade, especialistas alertam para os riscos dessa poeira fina e tóxica que pode se espalhar por milhares de quilômetros. Diferente da lava, as cinzas viajam longe, permanecem por mais tempo no ambiente e causam impactos devastadores.

Elas são formadas por fragmentos de rocha, vidro e minerais que se desprendem quando o magma entra em erupção. Essas partículas são lançadas na atmosfera e transportadas por ventos de alta altitude, retornando à superfície como uma poeira perigosa – mesmo a grandes distâncias do vulcão.

Efeitos na saúde humana e animal

Respirar cinzas pode irritar os pulmões, desencadear crises de asma e, em casos graves, causar doenças respiratórias crônicas como a silicose. Crianças, idosos e pessoas com doenças pulmonares são especialmente vulneráveis.

Animais também sofrem: pets apresentam inflamações e o gado corre risco de morte por ingestão ou intoxicação.

As cinzas podem sufocar plantações, bloquear a luz solar e contaminar o solo com metais pesados e substâncias tóxicas.

Cinzas vulcânicas tem efeitos duradouros e podem chegar a atingir pontos mais distantes do que a lava – Imagem: Wirestock Creators / Shutterstock

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Após grandes erupções, campos inteiros podem se tornar improdutivos por anos. Além disso, cursos d’água e lençóis freáticos ficam vulneráveis à contaminação, ameaçando ecossistemas inteiros.

A presença de cinzas no ar pode paralisar aeroportos, como aconteceu na Europa em 2010 após a erupção do Eyjafjallajökull.

As partículas danificam turbinas de aviões, sistemas elétricos e podem causar o colapso de telhados pelo peso acumulado. Serviços de água, energia e comunicação também ficam comprometidos.

Como se proteger durante uma queda de cinzas

  • A recomendação principal é ficar em locais fechados.
  • Quem precisar sair deve usar máscaras N95, proteger reservatórios de água e garantir alimentos limpos para o gado.
  • A limpeza de telhados é essencial para evitar desabamentos.
  • Comunidades rurais e de baixa renda são as mais afetadas, especialmente onde o acesso a abrigo e recursos é limitado.

Apesar de sua aparência inofensiva, as cinzas vulcânicas representam um perigo real e duradouro. Reconhecer esses riscos e se preparar pode salvar vidas. Monitoramento, alertas públicos e ações preventivas são fundamentais para reduzir os impactos desse inimigo invisível que cai do céu.

Visualmente, a lava pode assustar mais do que as cinzas, mas é preciso se proteger de ambas adequadamente – Imagem: Andrii Duhin/Shutterstock

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Vulcão entra em erupção pela 10ª vez em 3 anos na Islândia

Após ficar adormecido por 800 anos, um vulcão na Islândia tem tido um comportamento bastante ativo nos últimos meses. Nesta semana, ele voltou a entrar em erupção, o que exigiu a evacuação da cidade Grindavik e de um spa de luxo.

Segundo autoridades do país, o fluxo de magma começou por volta das 6h30 do horário local (3h30 no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º).

Ele foi acompanhado de tremores, semelhante ao que aconteceu em erupções anteriores.

Erupção não deixou feridos

  • Em comunicado, o Met Office da Islândia afirmou que “a fissura tem agora cerca de 500 metros de comprimento”.
  • As autoridades ainda destacaram que ela continua crescendo, especialmente mais ao sul da região.
  • Os tremores não afetaram diretamente a capital, Reykjavik, mas continuam sendo monitorados.
  • Além disso, não houve dispersão significativa de cinzas na estratosfera, evitando interrupções no tráfego aéreo, por exemplo.
  • De qualquer forma, a Islândia continua em estado de alerta.
Fluxo de lava ameaça populações vizinhas (Imagem: divulgação/Proteção Civil da Islândia)

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Atividade vulcânica está aumentando

Esta é a décima erupção do vulcão em um período de apenas três anos. Por conta da intensa atividade vulcânica, Grindavik chegou a ser esvaziada ainda no final de 2023. Na oportunidade, os moradores puderam voltar para suas casas no dia 22 de dezembro, antes de serem removidos do local mais uma vez.

Após a primeira erupção, muros foram construídos ao redor do vulcão. O objetivo era que, em caso de novas atividades vulcânicas, a lava fosse direcionada para longe das casas.

Erupção começou nesta segunda-feira (1º) (Imagem: divulgação/Met Office)

Uma das explicações para as várias erupções registradas no local é que a ilha da Islândia fica entre duas placas tectônicas: a norte-americana e a euroasiática. Uma falha contorna a capital da Islândia, Reykjavik, e atravessa diretamente a península de Reykjanes, onde fica Grindavik.

No total, o país tem 33 vulcões, ou sistemas vulcânicos, catalogados como ativos. Em média, ocorre uma erupção a cada quatro ou cinco anos em território islandês.

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Cidades do futuro podem ser construídas com… lava vulcânica!

Uma arquiteta da Islândia propõe uma abordagem inédita para levantar casas de forma sustentável. Para Arnhildur Pálmadóttir, a lava vulcânica pode ter seu poder destrutivo transformado em um material de construção no futuro.

A especialista lançou um projeto de design hipotético para simular como seria a substituição de mineração ou geração de energia não renovável pela lava dos vulcões da Islândia. O trabalho “Lavaforming” é conduzido pelo escritório s.ap architects, localizado na capital Reykjavík.

A ilha nórdica marca o encontro das placas Eurasiana e Norte-Americana, tornando a região um centro de atividade vulcânica. É uma ameaça persistente, mas também uma oportunidade única de energia geotérmica, que responde por 66% das fontes do país, segundo o site IFL Science.

Obstáculo técnico seria a padronização das estruturas após o resfriamento da lava (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

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Controlando o fluxo da lava vulcânica

Pálmadóttir explica que a lava derretida poderia ser guiada para canais e então deixada para solidificar em rocha durável, criando fundações sólidas para edifícios, talvez até cidades inteiras.

“A arquitetura está em uma mudança de paradigma, e muitos dos nossos métodos atuais foram considerados obsoletos ou prejudiciais a longo prazo. Em nossa situação atual, precisamos ser ousados, pensar de novas maneiras, olhar para os desafios e encontrar os recursos certos”, disse a arquiteta ao site.

Um dos maiores obstáculos técnicos é o controle de resfriamento da lava, que tem temperaturas variando de 700 a 1.200 °C. O fluxo pode se solidificar em formas irregulares e imprevisíveis, dependendo da rapidez com que esfria, comprometendo a uniformidade necessária para a fundação de um edifício, por exemplo.

Fluxo da lava seria controlado para construir fundações de cidades (Imagem: s.ap architects/Reprodução)

A ideia será apresentada em uma exposição visual no pavilhão nacional da Islândia na 19ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que ocorrerá de 10 de maio a 23 de novembro. 

“Em nossa história, situada em 2150, aproveitamos o fluxo de lava, assim como fizemos com a energia a vapor 200 anos antes na Islândia. Olhamos para a história em busca de eventos que influenciaram o desenvolvimento, mas o objetivo com nossa história é mostrar que a arquitetura pode ser a força que repensa e molda um novo futuro”, diz o site do projeto.

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Vulcão na Indonésia entra em erupção e força cancelamento de voos; veja vídeo

O vulcão Lewotobi Laki-Laki, na ilha de Flores, na Indonésia, entrou em erupção novamente na noite de quinta-feira (20). O fenômeno foi registrado por moradores nas redes sociais e provocou o cancelamento de pelo menos sete voos internacionais na ilha turística de Bali.

O monte já entrou em erupção várias vezes e, em novembro do ano passado, provocou a morte de nove pessoas.

Registro aéreo feito pela missão Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, em novembro de 2024 (Imagem: ESA/Reprodução)

Veja erupção do vulcão Lewotobi Laki-Laki

Na quinta-feira, a agência geológica da Indonésia elevou o nível de alerta para o mais alto em uma escala de quatro. Uma zona de sete a oito quilômetros ao redor do vulcão foi restrita.

A erupção começou às 22h56 do horário local da ilha de Flores e durou 11 minutos e 9 segundos. Segundo a agência indonésia de vulcanologia, o Lewotobi Laki-Laki, que tem 1.703 metros de altura, lançou uma coluna de cinzas de 8 mil metros e causou fortes estrondos. Os barulhos foram ouvidos até na cidade de Maumere, a mais de 80 quilômetros a leste, e no distrito de Larantuka, a mais de 50 quilômetros a oeste.

A mídia local e internacional, e moradores da ilha registraram a erupção. Veja o vídeo da agência de notícias AFP, que mostra os habitantes limpando os escombros da explosão:

O usuário @volcaholic1, do X, registrou o som da explosão do vulcão:

Vulcão provocou cancelamento de voos em Bali

De acordo com comunicado do Aeroporto Internacional Ngurah Rai, em Bali, “sete voos internacionais foram cancelados” até 9h45 desta sexta-feira, no horário local. Outros voos locais e internacionais sofreram atrasos.

Bali fica a cerca de uma hora de voo da ilha de Flores, onde fica o vulcão. O aeroporto local, no entanto, não foi afetado e operou normalmente.

Lewotobi Laki-Laki em erupção em novembro de 2024 (Imagem: Reprodução/Redes sociais)

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Essa não é a primeira vez que o Lewotobi Laki-Laki entra em erupção

  • O monte Lewotobi Laki-Laki fica na região do Cinturão de Fogo do Pacífico, conhecida por sua atividade sísmica e vulcânica intensa;
  • O vulcão já havia entrada em erupção várias outras vezes;
  • Em novembro do ano passado, provocou a evacuação de milhares de moradores e a morte de nove pessoas, além de cancelamentos de dezenas de voos.

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