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O X (antigo Twitter) alterou nesta semana sua política de uso no que diz respeito à inteligência artificial. A rede social de Elon Musk passou a proibir que terceiros usem dados e conteúdos publicados na plataforma para treinar grandes modelos de IA.
Por um lado, significa que outras empresas não poderão se aproveitar das publicações de usuários para treinar seus modelos. Já por outro, garante que a xAI, companhia de IA de Musk, seja a única que tenha acesso aos dados.
xAI também é de Musk (Imagem: QubixStudio / Shutterstock.com)
X está mudando política de inteligência artificial
A mudança nas restrições de uso do X foi notada pelo site TechCrunch. A nova diretriz está dentro da seção “Engenharia reversa e outras restrições”, em uma subseção que diz o seguinte:
Você não deve tentar (ou permitir que outros) […] usem a API X ou o Conteúdo X para ajustar ou treinar uma base ou modelo de fronteira.
X
Na prática, Musk beneficia suas próprias empresas (Imagem: bella1105 / Shutterstock.com)
Mudança na companhia de Musk beneficia… o próprio Musk
Em 2023, a política de privacidade do X passou a permitir que a empresa usasse os dados públicos do site para treinar modelos de IA. Já em outubro do ano passado, fez uma nova alteração e passou a permitir que empresas terceiras também usassem esses dados.
Agora, a rede social voltou atrás, mas por um motivo:
O X e a xAI, ambas pertencentes a Elon Musk, passaram por uma fusão no final de março deste ano. O Olhar Digital deu detalhes aqui;
A xAI é responsável pelo Grok, que está presente no X. Isso ajuda a ter uma ideia da integração entre as duas companhias de Musk;
Com a alteração nos termos de uso, o dono das plataformas impede que outras empresas usem dados presentes no X para treinar grandes modelos de IA rivais. E no lugar, a xAI fica com esses dados para si.
Elon Musk deixou o governo Trump Após meses imerso em assuntos políticos, o bilionário agora tenta se reposicionar como líder ativo de suas empresas. Em nova fase, ele tem dado entrevistas e reforçado sua presença em eventos corporativos, como explica o New York Times.
O bilionário quer mostrar que está presente e acompanhando de perto o que ocorre em suas empresas, após um período em que seus negócios pareciam estar fora de suas prioridades.
Ausência de Musk gerou insatisfação
Nas redes sociais, Musk diz estar novamente dormindo nas fábricas e atuando sem parar.
A mudança acontece após críticas à sua ausência prolongada da gestão de negócios como Tesla, SpaceX, xAI e da rede social X.
Ex-funcionários relataram queda de moral e falta de direção nas empresas, enquanto investidores se preocupam com os impactos de sua atuação política sobre os resultados.
Uma das missões de Elon Musk será recuperar a Tesla, que enfrenta momento ruim nas vendas – Imagem: Jonathan Weiss/Shutterstock
A Tesla, por exemplo, teve queda de 13% nas vendas no primeiro trimestre e enfrenta protestos e concorrência crescente da China. Já a SpaceX realizou dois testes da Starship, com Musk marcando presença no mais recente — ainda que o foguete tenha explodido.
Durante seu envolvimento com o chamado “Departamento de Eficiência Governamental” no governo Trump, Musk viu algumas empresas se beneficiarem da proximidade com Washington, mas também enfrentou desgaste de imagem e afastamento de consumidores.
Empresas de Elon Musk sofreram com “falta de direção” enquanto o bilionário atuava em cargo do governo Trump (Imagem: Sven Piper/iStock)
Musk voltou, mas até quando?
Musk vai tentando reafirmar seu papel de CEO e retomar o controle estratégico de seus negócios. Ainda não está claro, no entanto, quanto tempo ele passará longe da política — o próprio Trump disse que o bilionário “vai continuar indo e voltando”.
A fusão entre a X e a xAI também segue em andamento. A integração com o Telegram para levar o chatbot Grok a mais de um bilhão de usuários foi anunciada, mas Musk logo alertou que “nenhum acordo foi assinado”.
Aos poucos, Musk tenta reacender o entusiasmo em torno de sua figura — agora com foco renovado em foguetes, robôs e inteligência artificial. Mas o desafio será equilibrar o carisma visionário com a responsabilidade executiva.
Após período ausente, Elon Musk tem tentado se mostrar mais atuante como líder de seus negócios – Imagem: QubixStudio/Shutterstock
A xAI, startup de inteligência artificial de Elon Musk, está buscando levantar US$ 5 bilhões em um pacote de dívida estruturado pelo Morgan Stanley, segundo revelou a Bloomberg.
Os recursos, distribuídos entre um empréstimo a prazo B, outro com taxa fixa e notas seniores garantidas, serão usados para fins corporativos gerais, com vencimento previsto para 17 de junho.
Venda de ações está nos planos
Simultaneamente, a empresa planeja uma venda secundária de ações de US$ 300 milhões, que permitiria a funcionários venderem suas participações. A rodada avalia a xAI em US$ 113 bilhões, de acordo com o Financial Times, e será seguida por uma captação maior com investidores externos.
A xAI foi fundada há menos de dois anos e, em março, adquiriu a rede social X (ex-Twitter). Na ocasião, Musk afirmou que a startup foi avaliada em US$ 80 bilhões, e o X, em US$ 33 bilhões.
Com apoio do Morgan Stanley, Elon Musk quer transformar IA e comunicação digital em um único negócio (Imagem: JRdes/Shutterstock)
XChat lançado
Paralelamente, Musk anunciou o lançamento do XChat, nova versão do sistema de mensagens do X, com recursos como mensagens que desaparecem, criptografia, chamadas de voz e vídeo, e suporte para envio de arquivos.
A plataforma foi desenvolvida em Rust e, segundo Musk, usa uma “criptografia estilo Bitcoin.
A expressão gerou dúvidas sobre seu significado técnico, já que o Bitcoin em si não é criptografado, mas utiliza assinaturas digitais.
O XChat está em testes beta e deve ser liberado para todos os usuários em breve, a depender da estabilidade do sistema. No entanto, a rede X enfrentou instabilidades significativas nos últimos dias, com falhas que afetaram o acesso à linha do tempo e aos recursos da plataforma.
xAI acelera captação e mira expansão do XChat (Imagem: Kemarrravv13/Shutterstock)
A OpenAI e outras gigantes da tecnologia americana fecharam um acordo com os Emirados Árabes Unidos para construir um dos maiores data centers de inteligência artificial do mundo em Abu Dhabi.
O projeto, batizado de Stargate U.A.E., reúne empresas como Oracle, Nvidia, Cisco e SoftBank, e é liderado pela G42, empresa controlada pelo irmão do presidente dos Emirados.
Elon Musk interferiu e quase atrapalhou acordo
Nos bastidores, Elon Musk tentou impedir o avanço do projeto caso sua startup de IA, a xAI, ficasse de fora, conforme revelado em uma matéria exclusiva do Wall Street Journal.
Em ligação com executivos da G42, Musk afirmou que o plano dificilmente teria o apoio do presidente Trump sem sua participação.
Fontes revelaram que Trump e assessores revisaram os termos após as pressões de Musk, mas decidiram seguir adiante com o anúncio do acordo durante visita à região.
Mesmo com lobby nos bastidores, Elon Musk vê o rival Sam Altman liderar megaprojeto internacional nos Emirados Árabes – Imagem: jamesonwu1972/Shutterstock
Musk não queria sucesso de Sam Altman
Musk, que se tornou um dos principais doadores e conselheiros de Trump, não queria ver Altman, CEO da OpenAI e seu ex-sócio, beneficiado.
Os dois romperam em 2018, e Musk chegou a processar Altman recentemente. A xAI, embora menor, foi listada entre as empresas americanas autorizadas a comprar chips avançados, sugerindo possíveis benefícios futuros.
O acordo surge em meio à pressão dos Emirados para conseguir chips de IA diante de restrições dos EUA. O país vê a tecnologia como central para diversificar sua economia e ofereceu investir pesado em data centers e projetos nos EUA. A parceria prevê que a G42 financie também infraestrutura em solo americano.
Apesar do conflito, o acordo foi anunciado em 22 de maio, uma semana após o previsto.
xAI, de Musk, ficou de fora do acordo e gerou crise nos bastidores da visita de Trump ao Golfo (Imagem: Angga Budhiyanto/Shutterstock)
Um grande apagão no X, ocorrido na última quinta-feira (22), marcou, simbolicamente, o fim da intensa e controversa incursão política de Elon Musk.
Em meio a problemas técnicos e críticas públicas, o bilionário anunciou que está, oficialmente, deixando a política para se dedicar, integralmente, às suas empresas Tesla, SpaceX e à startup de inteligência artificial (IA) xAI.
Parece que a lua de mel entre o bilionário e o presidente Donald Trump chegou ao fim (Imagem: Joshua Sukoff/Shutterstock)
“Devo estar super focado no X/xAI e Tesla (além do lançamento do Starship na próxima semana), pois estamos lançando tecnologias críticas“, afirmou Musk, em postagem na própria rede social. “Como evidenciado pelos problemas de estabilidade do X nesta semana, grandes melhorias operacionais precisam ser feitas. A redundância de failover deveria ter funcionado, mas não funcionou“, completou.
Back to spending 24/7 at work and sleeping in conference/server/factory rooms.
I must be super focused on 𝕏/xAI and Tesla (plus Starship launch next week), as we have critical technologies rolling out.
As evidenced by the 𝕏 uptime issues this week, major operational…
O episódio do apagão, causado por um incêndio em um data center da empresa em Hillsboro, Oregon (EUA) — ainda que as autoridades não tenham confirmado a ligação direta com a falha —, reforçou a urgência do retorno de Musk às suas funções principais.
Segundo informações trazidas pelo Grok, a IA do próprio X, “o problema está relacionado à infraestrutura e não há evidência de que funcionários com visto H-1B estejam envolvidos”, em resposta a ataques xenofóbicos que circularam online após o ocorrido.
I’m sorry you’re having trouble with notifications. X had a major outage starting May 22, 2025, due to a data center fire in Hillsboro, Oregon, which likely caused the issue. The engineering team is working to fix it. There’s no evidence H1B visa holders are responsible; the…
Essa guinada na vida de Musk vem na esteira de um ano turbulento de envolvimento político. Em 2024, ele se destacou como um dos maiores financiadores da campanha de Donald Trump, chegando a investir, pelo menos, US$ 288 milhões (R$ 1,62 bilhão, na conversão direta) nas eleições;
Criou, ainda, o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês), responsável por cortes agressivos e demissões em massa no governo federal, ação que provocou protestos ao redor do mundo e episódios de violência em instalações da Tesla;
“O envolvimento com a política me custou muito”, teria admitido Musk em conversas privadas, de acordo com fontes próximas ouvidas pelo The Washington Post;
Ele também expressou preocupações com a segurança de sua família e frustração com os resultados modestos de seus esforços;
Apesar de almejar economia de US$ 2 trilhões (R$ 11,29 bilhões) para o orçamento federal, o próprio Musk revisou sua estimativa para apenas US$ 160 bilhões (R$ 903,47 bilhões) em 2026 — valor ofuscado pelo pacote legislativo de Trump, que deve adicionar US$ 2,4 trilhões (R$ 13,55 trilhões) à dívida nacional.
“Política em Washington não é mais uma atividade de alto retorno”, disse uma das fontes ligadas ao bilionário. “Agora que ganhamos um pouco de tempo, vamos voltar ao plano de ir para Marte.” Esse retorno ao “core-business” envolve missões audaciosas. Na Tesla, Musk prepara o lançamento de um veículo autônomo completo para junho, usando, como base, o Model Y.
O projeto Cybercab — carro sem volante e pedais, descrito como um “lounge sobre rodas” de US$ 30 mil (R$ 169,4 mil) — também está no horizonte. No entanto, as polêmicas políticas já cobraram um preço: a montadora viu seus lucros despencarem 71% no primeiro trimestre de 2025 e sua imagem pública sofreu abalos severos.
“Ele finge que o problema é sua ausência na Tesla, mas somos nós que estamos lutando contra a tempestade que ele mesmo criou”, afirmou Matthew LaBrot, ex-funcionário da Tesla demitido após criar um site pedindo a renúncia de Musk da empresa.
Na SpaceX, o foco está voltado ao lançamento do Starship, o maior e mais potente foguete já construído. Depois de dois testes fracassados, Musk planeja visitar o Starbase, no Texas (EUA), para apresentar “o plano de Marte”.
O objetivo: enviar uma frota de naves não tripuladas ao planeta vermelho em 2026, como parte de sua ambição de colonização marciana. Antes disso, a empresa ainda precisa provar que pode abastecer naves no Espaço — algo sem precedentes.
Além disso, a SpaceX tem papel fundamental no programa da NASA para retornar à Lua até 2027, enfrentando a concorrência crescente da China. O investimento do governo estadunidene no Starship ultrapassa US$ 4 bilhões (R$ 22,58 bilhões).
Enquanto Musk se reposiciona como inovador, sua retirada da política traz incertezas ao Partido Republicano. A America PAC, financiada por ele, desempenhou papel crucial nas campanhas eleitorais de 2024, especialmente em estados-pêndulo.
A expectativa era de que ele repetisse esse apoio em 2026 e até 2028. “Se ele realmente sair, isso vai criar uma corrida para encontrar alguém que possa mobilizar eleitores em todo o país”, disse uma fonte ligada à PAC.
No entanto, a reação pública negativa pode ter sido decisiva. Uma pesquisa recente apontou que 57% dos estadunidenses desaprovam a atuação de Musk na administração Trump.
Montadora de Elon Musk enfrenta seu momento mais turbulento em anos, com recuos nas vendas e pressão global (Imagem: kovop/Shutterstock)
A derrota do candidato conservador Brad Schimel na Suprema Corte de Wisconsin, mesmo com US$ 50 milhões (R$ 282,33 milhões) investidos por Musk, reforçou dúvidas sobre a eficácia de sua influência política.
No Qatar Economic Forum, Musk foi direto: disse que só voltaria a investir em campanhas se visse uma razão concreta. “Acho que já fiz o suficiente”, declarou.
Com foguetes, carros autônomos e IA no radar, Elon Musk parece, finalmente, ter deixado para trás a arena política. Pelo menos, por enquanto.
A Microsoft está preparando o terreno para hospedar, em sua infraestrutura de inteligência artificial (IA), o chatbot Grok, da xAI, empresa de Elon Musk. As informações foram confirmadas por fonte interna ao The Verge.
A ideia da gigante dos softwares seria a de, uma vez que hospede o modelo Grok AI, disponibilizá-lo a seus clientes e, até mesmo, às suas equipes de produtos por meio do Azure, serviço de nuvem da empresa.
Se essa parceria vingar, as tensões entre Microsoft e OpenAI podem crescer ainda mais (entenda o motivo no fim desta reportagem).
Grok seria disponibilizado no Azure (Imagem: Ascannio/Shutterstock)
Grok pode desembarcar na plataforma da rival
A fonte disse que, com o acordo selado, o Grok será disponibilizado no Azure AI Foundry, plataforma de desenvolvimento de IA da Microsoft;
Essa plataforma provê, a desenvolvedores, acesso a serviços, ferramentas e modelos pré-criados de IA para criar aplicativos e agentes de IA;
A ideia é que eles usem o Grok em seus apps, permitindo, à Microsoft, que, gradativamente, use o chatbot em seus próprios aplicativos e serviços;
Mas não é só o Grok que a gigante do Vale do Silício está procurando. No Azure AI Foundry, ela começou a adotar vários modelos de IA que competem diretamente com o ChatGPT, da OpenAI.
O surgimento relâmpago da chinesa DeepSeek no início do ano fez com que a empresa adotasse seu modelo hiper barato, o R1, sendo que a implantação do DeepSeek no Azure AI Foundry foi muitíssimo rápida, informa o portal. O CEO da Microsoft, Satya Nadella, pediu que os engenheiros testassem o modelo em poucos dias.
“Todos os sistemas que construímos ao longo de 50 anosprecisam ser aplicados a agentes de IA”, afirmou, Asha Sharma, vice-presidente corporativa da plataforma de IA da Microsoft, em entrevista ao The Verge no mês passado. “Para o Azure AI Foundry, estamos pensando em como evoluir para nos tornarmos o sistema operacional no backend de cada agente.”
Segundo o portal, a ideia da empresa de disponibilizar o Grok no Azure para desenvolvedores faz parte dos esforços para se tornar a importante infraestrutura e plataforma por trás dos modelos e agentes de IA mundo afora.
Contudo, nem todas as empresas de IA estão procurando a Microsoft para suprir suas necessidades de treinar seus modelos. Um exemplo é o próprio Musk, que, no ano passado, teria desistido de um acordo entre xAI e Oracle para o uso de servidores, no valor total de US$ 10 bilhões (R$ 56,75 bilhões, na conversão direta).
À época, o bilionário disse, no X, que a xAI estaria treinando seus modelos de IA futuros “internamente” ao invés de recorrer aos servidores da Oracle.
Quanto à parceria com a Microsoft, a fonte não soube dizer ao Verge se o suposto acordo seria exclusivo, ou se suas concorrentes, como a Amazon (que tem o Amazon Web Services, como serviço de nuvem), também poderão hospedar a IA da xAI.
A reportagem aponta que, teoricamente, a empresa cofundada por Bill Gates queira apenas fornecer capacidade para hospedagem do modelo do Grok e não liberar seus servidores para treinamento de futuros modelos.
O que diz a companhia
O Verge procurou a Microsoft, que não quis comentar o assunto. O Olhar Digital procurou a assessoria da Microsoft Brasil e aguarda retorno.
Satya Nadella (foto) e Sam Altman estariam “se distanciando” (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
Nos últimos tempos, uma certa “rixa” entre a gigante do Vale do Silício e a startup de Sam Altman começou, sem contar a briga antiga da OpenAI com Musk.
O bilionário sul-africano processou a empresa (que ajudou a fundar), pois, quando criada, ela era uma instituição sem fins lucrativos e, agora, quer passar a lucrar com a IA. Musk alega que isso vai contra os princípios previamente difundidos pela OpenAI.
Por sua vez, no início de abril, foi a vez da startup processar o bilionário, sob a alegação de que o dono de SpaceX, xAI, Tesla, X e outras, vem usando “táticas de má-fé para desacelerar a OpenAI“.
Em paralelo, uma parceria que parecia ser bastante sólida entre Microsoft e OpenAI vem estremecendo dia após dia. A startup fornece o modelo GPT para alimentar o Copilot, presente em quase todos os softwares da gigante do Vale do Silício, como o pacote Office (agora chamado de Microsoft 365 Copilot) e o Windows 11.
As tensões surgiram em torno de requisitos de capacidade e acesso a modelos de IA. Uma reportagem do The Wall Street Journal publicada nesta semana trouxe que Nadella e Altman estão “se distanciando” e que a contratação de Mustafa Suleyman como CEO da Microsoft AI (antes, ele trabalhou no Google DeepMind) em 2024 foi uma espécie de “apólice de seguro contra Altman e OpenAI“.
A Microsoft ainda tenta construir modelos de IA que batam de frente com o ChatGPT e outros modelos da startup, mas, como, até hoje, não foi bem-sucedida, segue dependendo da empresa de Altman para alimentar o Copilot.
A reportagem do Verge pontua que a gigante dos softwares poderia estar querendo antecipar a inserção/lançamento do GPT-5 ainda em maio, mas o cronograma da OpenAI está instável já há algumas semanas, havendo atrasos em anúncios de novos modelos e problemas de capacidade graças ao sucesso de seu gerador de imagens de IA — o que fez o ChatGPT derreter (literalmente). Fontes internas disseram ao Verge que é “improvável” que o GPT-5 chegue ainda em maio.
Sam Altman e Elon Musk não falam a mesma língua há anos (Imagem: jamesonwu1972/Frederic Legrand – COMEO/Shutterstock)
Com o Grok, a Microsoft sinaliza, claramente, que quer mais modelos de IA para si. O GitHub Copilot, de propriedade da empresa, suporta modelos de Anthropic, Google e OpenAI.
Dessa forma, não é nada estranho imaginarmos o Copilot que usamos no dia a dia permitindo que escolhamos modelos de IA concorrentes do GPT, até porque, no futuro, isso pode catapultar a Microsoft para se tornar a melhor escolha para desenvolvedores e usuários de IA.
Informações divulgadas pela Bloomberg no fim da noite desta sexta-feira (25) indicam que a XAI Holdings, mais recente empresa de Elon Musk resultado da fusão do X com a xAI, está negociando investimentos na casa dos US$ 20 bilhões (R$ 113,68 bilhões, na conversão direta) com investidores.
Contudo, a quantia pode ser ainda maior, pois o valor total ainda não foi fechado e os termos da negociação podem ser alterados.
xAI é responsável pela inteligência artificial (IA) do grupo de Musk, o Grok (Imagem: QubixStudio/Shutterstock)
Caso Musk consiga obter a quantia, será a segunda maior rodada de financiamento entre startups da história, informa o provedor de dados PitchBook, perdendo apenas para a OpenAI, que obteveUS$ 40 bilhões (R$ 227,36 bilhões) no início deste ano.
Além dessa informação, obtida pela Bloomberg com pessoas informadas sobre o tema, soube-se que essa transação faria a XAI valer US$ 120 bilhões (R$ 682,08 bilhões). O portal procurou a empresa para comentar, mas não foi atendido.
A XAI foi anunciada por Musk em março como fruto da fusão do X (ex-Twitter, Inc.) e xAI, a empresa de inteligência artificial (IA) do bilionário;
O possível novo aporte poderia ser utilizado para pagamento de parte da dívida contraída por Musk ao converter o Twitter em empresa privada antes de mudar o nome da companhia, explicou uma das fontes;
De acordo com a Bloomberg, tal dívida vem pesando no bolso do X. No mesmo mês de anúncio da fusão das empresas, o X pagou cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,13 bilhão) em custos de serviço da dívida referente à sua aquisição;
Até o fim do ano passado, a despesa anual com juros da companhia era de mais de US$ 1,3 bilhão (R$ 7.38 bilhões).
Desde a fusão, Musk vem se reunindo com seus associados e investidores para pleitear mais aportes na nova empresa, segundo fontes. Quanto à possível nova rodada de investimentos, as negociações estão no estágio inicial, com a XAI querendo levantar esses fundos nos próximos meses.
X está com dificuldades para pagar cusstos de sua conversão em empresa privada https://olhardigital.com.br/tag/elon-musk/(Imagem: kovop/Shutterstock)
A xAI, empresa de inteligência artificial de Elon Musk, anunciou novo recurso de “memória” para o Grok, seu chatbot. Agora, o bot poderá lembrar de informações de conversas anteriores com cada usuário, permitindo respostas mais personalizadas com o tempo.
Com isso, ele se aproxima de rivais, como o ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google, que já contam com memórias persistentes para adaptar suas respostas ao histórico do usuário.
Recurso aproxima chatbot da xAI dos principais concorrentes, como ChatGPT e Gemini (Imagem: DIA TV/Shutterstock)
“Memórias são transparentes“, diz uma publicação da conta oficial do chatbot no X, com o anúncio do novo recurso. “Você pode ver exatamente o que o Grok sabe e escolher o que esquecer.”
Recurso ainda não está na versão do Grok inclusa no X
Segundo a empresa, os usuários poderão visualizar e apagar memórias individuais a qualquer momento;
O recurso já está disponível em versão beta no site do Grok e nos apps para iOS e Android — com exceção da União Europeia e Reino Unido.
A xAI também pretende integrar a novidade à versão do Grok no X em breve.
Outras novas funcionalidades
Pode se dizer que a xAI teve uma semana agitada, buscando tornar seu chatbot mais potente e preparado para bater de frente com os assistentes de inteligência artificial (IA) da concorrência. Além da novidade já relatada, o bot ganhou outros recursos nos últimos dias.
O assistente de IA da xAI terá ferramentas semelhantes às do Canvas, voltado para criação e edição de documentos e aplicativos simples. O nome deste recurso é Grok Studio e as edições poderão ser feitas diretamente no chatbot. Leia mais sobre isso aqui.
Com memória ativada, Grok promete conversas mais inteligentes (Imagem: Bangla press/Shutterstock)
Em um período em que as IAs estão se expandindo, com os assistentes ganhando novos recursos e capacidades, nenhuma quer ficar para trás. A mais nova adição parte do Grok, a ferramenta de IA da xAI, de Elon Musk, que é integrada ao X (ex-Twitter).
O novo recurso do Grok é semelhante ao Canvas, voltado para criação e edição de documentos e aplicativos simples.
Batizado de Grok Studio, o recurso foi anunciado na última terça-feira (15), por meio de uma publicação no X, e já está disponível tanto para usuários gratuitos quanto para assinantes, no site oficial do Grok.
“Agora o Grok pode gerar documentos, códigos, relatórios e até jogos de navegador. O Grok Studio abre o conteúdo em uma janela separada, permitindo que você e o Grok colaborem juntos no projeto”, diz a publicação no perfil oficial do Grok
O Grok Studio permite criar documentos, códigos e apps direto no chatbot – Imagem: Ascannio/Shutterstock
Chatbots vão ganhando recursos para edições mais robustas
Com essa novidade, o Grok se junta à lista de chatbots que oferecem um ambiente dedicado para desenvolver software e estruturar projetos.
A OpenAI lançou o Canvas para o ChatGPT em outubro, enquanto a Anthropic introduziu o recurso Artifacts para o Claude.
O que o Grok Studio poderá fazer:
Na prática, o Grok Studio funciona de forma parecida com outras ferramentas de edição.
Ele permite visualizar códigos HTML e executar trechos de programação em linguagens como Python, C++ e JavaScript, tudo em uma janela lateral que aparece junto às respostas do Grok.
Além disso, o Grok Studio ganhou ainda mais utilidade com uma nova integração anunciada no mesmo dia: o suporte ao Google Drive.
Agora é possível anexar arquivos diretamente da sua conta no Drive aos prompts enviados ao chatbot. Segundo a xAI, o Grok consegue lidar com documentos, planilhas e apresentações.
Ambiente de trabalho do Grok permite execução de Python, C++ e JavaScript, além de leitura de arquivos do Google Drive (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)
O bilionário Elon Musk anunciou, nesta sexta-feira (28) surpreendente fusão entre duas de suas empresas: sua startup de inteligência artificial (IA), a xAI, e o X.
Rede social foi comprada por Musk em 2022 (Imagem: rafapress/Shutterstock)
Segundo Musk, o acordo, realizado em transação totalmente acionária, valoriza a xAI em cerca de US$ 80 bilhões (R$ 461,23 bilhões, na conversão direta), enquanto o X é avaliado em, aproximadamente, US$ 33 bilhões (R$ 190,25 bilhões) – número que pode chegar a US$ 45 bilhões (R$ 259,44 bilhões) se incluirmos US$ 12 bilhões (R$ 69,18 bilhões) de dívida.
Em seu post na plataforma, o empresário afirmou que “os futuros de xAI e X estão interligados”, destacando que a união dos dados, modelos, capacidade computacional, canais de distribuição e talentos das duas empresas abrirá enormes possibilidades de inovação.
@xAI has acquired @X in an all-stock transaction. The combination values xAI at $80 billion and X at $33 billion ($45B less $12B debt).
Since its founding two years ago, xAI has rapidly become one of the leading AI labs in the world, building models and data centers at…
xAI: de startup “amadora” gigante da inteligência artificial (IA) — e dona do X
Menos de dois anos após seu lançamento, a xAI, criada com o objetivo de “entender a verdadeira natureza do Universo” e competir diretamente com gigantes, como OpenAI, vem desenvolvendo modelos de linguagem de grande porte e produtos de software voltados à IA;
Um exemplo dessa sinergia é o chatbot Grok, já integrado ao X;
Além disso, a startup está investindo na construção de um supercomputador – apelidado de Colossus – em Memphis, Tennessee (EUA), cuja parte operacional foi revelada em setembro, apesar das preocupações de ambientalistas e especialistas em saúde pública quanto à velocidade do desenvolvimento e à falta de diálogo com a comunidade local.
Não é a primeira vez que Musk opta por integrar seus negócios. Em 2016, a aquisição da SolarCity pela Tesla, no valor de US$ 2,6 bilhões (R$ 14,99 bilhões), já havia gerado debates e ações judiciais, mas foi confirmada pelos tribunais.
Agora, com essa nova fusão, Musk reforça sua estratégia de convergir suas iniciativas tecnológicas e ampliar o alcance de suas operações, que também incluem a liderança de Tesla, SpaceX e do próprio X.
A transação, que se efetivou mediante troca de ações entre investidores das duas empresas – entre eles, nomes, como Andreessen Horowitz, Sequoia Capital, Fidelity Management, Vy Capital e a Kingdom Holding Co., da Arábia Saudita – ressalta a aposta de Musk em sinergias que potencializam a capacidade competitiva de seus negócios em mercado cada vez mais voltado à IA e à inovação digital.
Startup de IA do empresário teve crescimento gigantesco desde sua fundação, em 2023 (Imagem: Angga Budhiyanto/Shutterstock)