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Xiaomi Smart Speaker: conheça a ‘Alexa chinesa’

Houve um tempo em que o mundo olhava para a indústria chinesa com certo preconceito. As condições precárias de trabalho somadas aos preços baixos e alguns produtos de qualidade inferior ajudaram a formar essa imagem. Esse tempo, porém, acabou.

Hoje, os países olham para a China com admiração – ou até medo. Os preços baixos se mantiveram, mas os chineses conseguem entregar produtos com qualidade igual ou superior ao do Ocidente. Principalmente os de tecnologia. É o caso do novo Xiaomi Smart Speaker.

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A caixa de som inteligente vem sendo chamada de “Alexa chinesa”. Assim como o alto-falante Echo, da Amazon, trata-se de um pequeno item dotado de Inteligência Artificial, capaz de controlar uma smart home e de atender pedidos e responder perguntas.

A principal diferença, segundo os analistas chineses, é que o Xiaomi Smart Speaker fará isso de uma forma muito mais natural. E por um preço menor.

As Alexas, ou as caixinhas Echo, ganharam um concorrente de peso do outro lado do mundo – Imagem: pianodiaphragm/Shutterstock

Promessa de desempenho superior

  • Quem lida com a Alexa sabe: você precisa falar igual a um robô para ser entendido.
  • A promessa é que isso não vai acontecer com o novo produto da Xiaomi.
  • Assim como o ChatGPT, o Smart Speaker será capaz de manter conversas mais naturais.
  • E conversas mais inteligentes também.
  • O anúncio oficial afirma que a novidade poderá, por exemplo, atender mais de um pedido por vez.
  • Hoje, você precisa pedir para o sistema ligar a TV, acender a luz e trancar a porta em comandos separados.
  • Com o Xiaomi Smart Speaker, tudo poderá ser feito em um só pedido.
  • Quem garante esse desempenho é uma Inteligência Artificial própria da empresa.
  • A Super XiaoAI tem um repertório bastante extenso e entende até mesmo questionamentos complexos.
  • Isso sem contar o domínio sobre itens de uma casa inteligente.
  • Assim como a Alexa, o Xiaomi Smart Speaker controla luzes, fechaduras, purificadores de ar, TVs, geladeiras e outros aparelhos de uma casa inteligente.
  • O único porém é que eles precisam ser da própria marca, ou, pelo menos, compatíveis com o sistema Mi Home.
Imagem: Reprodução/Xiaomi

Preço e condições

‘Ah, mas eu não tenho nenhum eletrodoméstico da Xiaomi em casa’. Pois é, a maioria dos brasileiros também não. E é justamente por isso que as vendas do novo Xiaomi Smart Speaker começam exclusivamente na China.

A previsão é de estreia no dia 29 de abril, com preços a partir de ¥ 199. Fazendo a conversão, fica algo em torno de US$ 27 ou de R$ 154. Um valor bem acessível – é menos da metade de um Echo.

A Xiaomi não informa se tem planos para um lançamento global do dispositivo. Mas não duvide nada que aconteça, ainda mais se as promessas de desempenho forem cumpridas. A Amazon que lute.

As informações são do Xiaomi Time.

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Xiaomi ultrapassa Apple e lidera mercado chinês de smartphones

O mercado de smartphones na China presenciou uma reviravolta no primeiro trimestre de 2025, com a gigante americana Apple perdendo terreno para rivais domésticas. Dados preliminares da International Data Corporation (IDC) revelam que a participação da Apple no lucrativo mercado chinês de telefonia móvel recuou para 13,7%, uma queda considerável em relação aos 15,6% registrados no mesmo período do ano anterior.

Essa retração empurrou a Maçã para a quinta colocação no ranking, após ter figurado no topo no último trimestre de 2024.

Queda nas vendas de iPhone na China

Apesar de ter conquistado a liderança no final do ano passado, a Apple tem enfrentado uma crescente pressão de marcas locais como Vivo e Huawei, que já haviam superado a empresa em vendas anuais.

No primeiro trimestre de 2025, as remessas de iPhones na China totalizaram 9,8 milhões de unidades, representando uma queda de 9% em comparação com o ano anterior, conforme aponta o relatório da IDC divulgado nesta quinta-feira (17).

Ainda assim, a empresa foi a única marca não chinesa a se manter entre as cinco maiores do mercado.

Apesar de ter conquistado a liderança no fim de 2024, a Apple tem enfrentado pressão de marcas locais. (Imagem: Urbanscape/Shutterstock)

Xiaomi lidera mercado local

Quem capitalizou essa mudança no panorama foi a gigante chinesa Xiaomi, cujos produtos abrangem desde smartphones e eletrodomésticos até veículos elétricos. A empresa superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre, impulsionada por um aumento de quase 40% nas remessas em relação ao ano anterior.

A Huawei, outra potência chinesa que também atua nos mercados de smartphones e veículos elétricos, garantiu a segunda colocação no ranking da IDC, seguida pela OPPO, empresa de eletrônicos de consumo que ficou em terceiro lugar. As remessas dessas duas empresas chinesas atingiram 12,9 milhões e 11,2 milhões de unidades, respectivamente, durante o primeiro trimestre.

Logotipo da Xiaomi MI na tela do smartphone
Xiaomi superou a Apple e assumiu a liderança no primeiro trimestre. (Imagem: Only_NewPhoto / Shutterstock)

Segundo Will Wong, gerente sênior de pesquisa de dispositivos de clientes da IDC Ásia/Pacífico, o retorno da Xiaomi ao primeiro lugar após quase uma década pode ser atribuído aos subsídios governamentais. A contínua expansão de subsídios na China, visando estimular o consumo, tem se mostrado um fator determinante para o bom desempenho de marcas com preços mais acessíveis.

Em janeiro, as políticas governamentais ampliaram os subsídios ao consumidor para incluir smartphones, tablets e smartwatches, com um limite de preço de 6.000 yuans (aproximadamente US$ 821,92). Analistas do Citi acreditam que esses subsídios podem incentivar uma parcela dos consumidores chineses a substituir seus aparelhos por modelos com preços inferiores a 3.000 yuans, um segmento que representa 75% da base de usuários de smartphones do país.

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Olhando para o futuro, Arthur Guo, analista sênior de pesquisa da IDC China, alerta para possíveis desafios, uma vez que “as tensões comerciais entre os EUA e a China podem levar a aumentos de custos e orçamentos mais apertados para os consumidores”, o que poderia impactar negativamente a demanda nos próximos trimestres.

Com informações do Wall Street Journal.

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Com iPhone 16e, Apple domina vendas globais de smartphones

A Apple assumiu a liderança de vendas globais de smartphones no primeiro trimestre de 2025, segundo relatório da consultoria Counterpoint Research.

A big tech americana respondeu por 19% do mercado, seguida por Samsung (18%), Xiaomi (14%), Vivo (8%) e OPPO (8%). Outras marcas somam 33% no período analisado.

Enquanto as vendas nos EUA, Europa e China permaneceram estáveis ​​ou em declínio, a Apple registrou crescimento de dois dígitos no Japão, Índia, Oriente Médio e África e Sudeste Asiático.

O desempenho positivo da empresa liderada por Tim Cook se deu “pelo lançamento do iPhone 16e em um trimestre não tradicional e pelo crescimento e expansão contínuos em seus mercados não essenciais”.

Vendas em países emergentes contribuíram para crescimento de vendas da Apple (Imagem: rukawajung/Shutterstock)

Cenário global

O mercado global de smartphones cresceu 3% em relação ao ano anterior no primeiro trimestre. De acordo com o relatório, as quedas nos mercados desenvolvidos foram compensadas pelo crescimento na China, devido aos subsídios governamentais, e pela recuperação contínua em regiões da América Latina, Ásia-Pacífico e Oriente Médio e África.

“As crescentes incertezas econômicas causadas por tarifas provavelmente prejudicarão a demanda do consumidor em todos os mercados, especialmente nos EUA. Agora, esperamos que os volumes diminuam ligeiramente em relação ao ano anterior em 2025”, diz o documento.

Os analistas acreditam que a proliferação de novas tecnologias, como GenAI e dobráveis vai continuar, mas ponderou que as empresas “precisam monitorar cuidadosamente a demanda no futuro”.

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Modelo “Ultra” contribuiu para as vendas da série S25 (Imagem: Samsung / Divulgação)

Outras marcas

Com o lançamento tardio da série S25, a Samsung registrou fôlego após o carro-chefe da nova linha e os novos dispositivos da série A. As vendas da fabricante sul-coreana cresceram dois dígitos em março. O modelo “Ultra” contribuiu para as vendas da série S25.

Já a Xiaomi conquistou participação de mercado global e internacional, especialmente com a linha “premium” na China e também à incursão “bem-sucedida” em veículos elétricos, segundo o relatório.

A marca com o crescimento mais rápido entre as cinco primeiras, a Vivo, subiu para o quarto lugar, graças à sua alta exposição ao aquecido mercado chinês e à expansão para mercados emergentes, incluindo o Brasil, onde será registrada como Jovi.

A OPPO ficou em 5º lugar e viu suas vendas crescerem na Índia, América Latina e Europa. Destaque também para HONOR, Huawei e Motorola, que, segundo o documento, “estão crescendo rapidamente e proporcionando uma forte concorrência global”.

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Xiaomi YU7 chega para desafiar domínio da Tesla na China

Após o sucesso do Xiaomi SU7, sedã elétrico de estreia, a gigante chinesa se prepara para dar um novo passo no mercado automotivo chinês. A empresa acaba de revelar detalhes de seu próximo lançamento, o SUV YU7, um veículo que promete rivalizar diretamente com o Tesla Model Y, o SUV mais vendido da marca americana na China.

O YU7, que tem previsão de lançamento para junho, já começou a gerar grande expectativa entre os consumidores chineses. A divulgação de detalhes técnicos pelo governo local, durante o processo de homologação, revelou um SUV elétrico de alto desempenho, com design que remete ao esportivo italiano Ferrari Purosangue e tecnologia de ponta.

O que foi revelado sobre o Xiaomi YU7

Equipado com dois motores elétricos e tração integral, o YU7 entregará impressionantes 691 cv em sua versão topo de linha. A autonomia também será um dos destaques, com opções de baterias que podem alcançar até 770 km com uma única carga, segundo dados oficiais.

SUV da Xiaomi promete rivalizar com o Tesla Model Y, o utilitário mais vendido da marca americana na China. (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

O SUV terá 5 metros de comprimento, oferecendo espaço de sobra para cinco passageiros. A tecnologia embarcada também impressiona, com destaque para o sistema Lidar, que utiliza raios laser para criar um ambiente 3D em tempo real, permitindo sistemas de automação veicular de nível 3, o mais avançado disponível em automóveis de série.

Design e tecnologia

O design externo do YU7, com linhas elegantes e esportivas, chama a atenção. Internamente, o SUV da Xiaomi promete uma experiência tecnológica imersiva, com um painel de instrumentos composto por uma tela de alta resolução que se estende por todo o painel.

Painel de instrumentos se estende por todo o painel do SUV. (Imagem: Reprodução/MIIT)

Preço

Com um preço inicial estimado em US$ 34.000 (cerca de R$ 193 mil em conversão direta), o YU7 será mais acessível que o Tesla Model Y, cuja versão de entrada custa cerca de US$ 36.430 na China.

Além do preço competitivo, a Xiaomi aposta na reputação de seus produtos e no “hype” em torno de sua entrada no mercado automotivo para conquistar os consumidores chineses.

O YU7 será mais barato que o Tesla Model Y na China. (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

O sucesso do SU7, que vendeu mais de 100 mil unidades em poucos meses, elevou as expectativas em relação ao YU7. A Xiaomi espera que seu novo SUV elétrico repita o sucesso do sedã e se torne um dos líderes do segmento na China.

Com design arrojado, tecnologia de ponta, alta performance e preço competitivo, o YU7 tem tudo para se tornar um “pesadelo” para a Tesla no mercado chinês.

Leia mais:

Desafio direto à Tesla

O lançamento do YU7 ocorre em um momento crucial para a Tesla, que enfrenta desafios de vendas e queda no valor de suas ações. A China, um mercado fundamental para a marca americana, vê agora a chegada de um concorrente de peso.

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Se você tem um desses celulares Android, boas notícias!

Fabricantes de celulares Android têm oferecido atualizações do sistema operacional por mais tempo. Antes, o normal era de três a quatro anos. Agora, aumentou para seis anos. Isso vale para celulares da Samsung e Xiaomi. Já os da Honor e do Google terão sete anos de updates.

No caso da Samsung, a extensão das atualizações vale para diversas linhas, de avançadas (a S) a intermediárias (a A). Já na Xiaomi, a extensão vale para aparelhos da linha 15 (mais detalhes sobre isso logo abaixo).

Celulares Android que terão de seis a sete anos de atualização

Confira abaixo a lista completa de celulares que terão de seis a sete anos de atualização do Android, separados por marca:

A Samsung vai oferecer seis anos de atualização do Android em modelos de diversas linhas (Imagem: Mr. Mikla/Shutterstock)

Samsung

Xiaomi

Leia mais:

Atualização de telefone Android em andamento, tela de carregamento, close-up do display do smartphone. Atualizando o firmware do dispositivo móvel, conceito de atualização de software, objeto de perto.
Há fabricantes que vão oferecer atualizações do Android por sete anos (Imagem: tomeqs/Shutterstock)

Honor

No caso desses, é um palpite. Até a publicação desta matéria, a marca não tinha confirmado quais modelos contariam com o prazo estendido de atualizações do Android.

Google

Samsung revela quando One UI 7 chega para celulares antigos

A Samsung (finalmente) revelou quando vai lançar a versão estável do One UI 7. A empresa informou, nesta quarta-feira (05), que a atualização do Android 15 chega “em abril”.

A postagem no blog da empresa também comunica a expansão da disponibilidade da versão beta do update antes do lançamento da versão estável.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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O novo plano global da Xiaomi: vender carros elétricos

Qual a primeira coisa que vem à sua cabeça quando lê a palavra Xiaomi? Smartphones, correto? A resposta nem tem como ser diferente. A gigante chinesa é a terceira maior fornecedora de celulares do mundo.

Você já deve ter se deparado alguma vez com um Redmi ou um POCO – modelos, que, aliás, vivem aparecendo na lista de melhores aparelhos do ano. Já deve ter visto também algum notebook, fone de ouvido ou televisor da marca. Essa lista deve aumentar em breve – e de um jeito que pouca gente imaginava.

A Xiaomi planeja começar a vender seus veículos elétricos fora da China “nos próximos anos”. A informação é do presidente da empresa, William Lu. Ele conversou com a imprensa durante o MWC 2025, na Espanha, a maior feira mobile do mundo.

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A companhia entrou oficialmente no segmento em 2021. De lá para cá, porém, lançou apenas um carro – e ele ficou restrito ao mercado local.

William Lu não deu muitos detalhes dos próximos passos, mas indicou que a marca pretende concorrer com os principais players do setor, como a Tesla. Para isso, a aposta é em modelos ousados e em alta tecnologia.

Conheça o novo SU7 Ultra

Além de muito bonito, o modelo conta com muita potência e tecnologia de ponta – Imagem: Divulgação/Xiaomi
  • Apesar de a MWC ser uma feira voltada para os smartphones, o estande da Xiaomi conta com um carrão que vem chamando bastante a atenção do público em Barcelona.
  • Trata-se do SU7 Ultra, o primeiro veículo elétrico premium da marca.
  • O foco, como já dissemos, é em tecnologia de ponta, mas também em esportividade.
  • O EV é movido por um sistema de três motores desenvolvido pela Xiaomi, capaz de entregar 1.526 cavalos de potência e 1.770 Nm de torque.
  • Esse conjunto é insano e permite ao carro acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 1,98 segundo!
  • Ah, e faz com que o veículo atinja uma velocidade máxima de 350 km/h!
  • O modelo utiliza freios de disco de carbono-cerâmica, capazes de suportar temperaturas superiores a 1.300 °C, garantindo uma frenagem eficiente em qualquer situação.
  • O SU7 Ultra vem ainda com uma bateria CATL Qilin II de 93,7 kWh, que proporciona uma autonomia de 620 km no ciclo CLTC.
  • A recarga também é um destaque: o sistema de carregamento DC 5.2C permite carregar a bateria de 10% a 80% em apenas 11 minutos.
O plano da marca chinesa é vender esse e outros modelos para o restante do mundo dentro de alguns anos – Imagem: Divulgação/Xiaomi
  • E todo esse pacote vem dentro de um design belíssimo (como mostram as imagens acima).
  • O modelo custa a partir de 529.000 yuans chineses (US$ 72.627).
  • Fazendo a conversão, estamos falando em algo na casa dos R$ 450 mil.
  • Mesmo com o valor elevado, William Lu disse que a Xiaomi recebeu mais de 15 mil pedidos nas últimas 24 horas.

MWC 2025

O Mobile World Congress 2025 ocorre entre os dias 3 e 6 de março em Barcelona, na Espanha. E o EV da Xiaomi não foi o único destaque da maior feira de tecnologia móvel do mundo.

O evento contou com a apresentação de um notebook conceito da Lenovo com painel solar e uma tela dobrável. O Yoga Solar PC promete carregamento em 20 minutos para mais de uma hora de reprodução de vídeos.

Outra novidade veio do Google. A big tech implementou uma função muito aguardada no Gemini Live: em breve, será possível compartilhar a tela e realizar chamadas de vídeo com o assistente. Sim: você poderá conversar em chamada de vídeo com a IA!

As informações são da CNBC.

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MWC 2025: veja as principais novidades apresentadas no evento de tecnologia

Começou, na segunda-feira (3), a Mobile World Congress (MWC) 2025, em Barcelona (Espanha). No evento, empresas de tecnologia apresentam novos conceitos de dispositivos e sistemas que podem (ou não) chegar até nós. A seguir, o Olhar Digital faz um apanhado de algumas das novidades que já deram as caras por lá:

O que tem de interessante na MWC 2025?

Lente de câmera profissional em smartphones Xiaomi e Realme

As câmeras dos nossos smartphones parecem não ter fim na escalada de tamanho. No novo Xiaomi 15 Ultra, um imenso conjunto de câmeras ocupa a parte traseira, a Nothing reinventou completamente o arranjo de suas lentes para incluir um periscópio no Phone 3A Pro e circulam rumores de que até a Apple pretende acoplar uma barra robusta de câmeras na traseira dos modelos iPhone 17 Pro ainda este ano.

Mas por que parar por aí? Imagine se pudéssemos incorporar todo o peso e robustez de uma câmera profissional no seu telefone. E se a câmera do seu aparelho pudesse ser transformada em algo muito maior?

Foi exatamente essa a aposta tanto da Xiaomi quanto da Realme na MWC 2025. As duas empresas apresentaram smartphones conceituais totalmente diferentes, que buscam reduzir a distância entre a portabilidade dos smartphones e a qualidade de uma DSLR.

Lente de DSLR é compatível com no Xiaomi 15 Ultra (Imagem: Divulgação/Realme)

Realme

  • Segundo o The Verge, a proposta da Realme remete a algo já conhecido;
  • Seu “conceito de lente intercambiável” acopla lente completa de DSLR à ilha de câmeras do seu aparelho conceitual – ideia que lembra proposta que a Xiaomi já exibiu em 2022;
  • Esse modelo exclusivo, que não se baseia nos smartphones atuais da Realme, conta com duas câmeras convencionais na traseira, somadas a um sensor customizado do tipo de uma polegada da Sony, que, inicialmente, vem sem lente acoplada, permitindo ao usuário inserir a sua própria via montagem proprietária;
  • Essa abordagem assemelha-se àquela adotada por empresas, como a Moment, que, há anos, oferecem lentes personalizadas para acoplar nas câmeras dos smartphones.

No conceito da Realme, o sistema foi pensado para funcionar com duas lentes: uma de 73 mm para retratos e outra telefoto de 234 mm. Para o Verge, após testes, anexar uma lente telefoto tão imponente em uma extremidade do aparelho desestabiliza o equilíbrio, tornando a experiência pouco prática.

A Realme optou por utilizar uma montagem padrão M, o que, em teoria, permitiria a conexão de qualquer lente compatível – vantagem que seria bastante atrativa se o produto fosse lançado comercialmente.

Na prática, porém, a compatibilidade pode ser limitada, já que a empresa adaptou seu aplicativo de câmera para suportar essas duas lentes específicas. Ressalte-se que essa conexão é puramente mecânica, sem suporte para lentes com autofoco ou funções além do modo manual.

Xiaomi

Enquanto a Realme aposta na ideia de lente intercambiável que se integra à ilha de câmeras, a Xiaomi apresenta abordagem que soluciona alguns desses problemas – mas que, também, traz seus próprios desafios.

Seu Sistema Óptico Modular é construído a partir de versão customizada do Xiaomi 15, que conta com um anel de ímãs inspirados no Apple MagSafe na parte traseira.

Uma lente separada se fixa nesse ponto magnético central, mas, crucialmente, vem equipada com seu próprio sensor, rompendo as limitações do hardware interno do aparelho. Trata-se, assim, de versão moderna e magnética de uma ideia que lembra as efêmeras câmeras QX da Sony, que podiam ser acopladas à parte traseira de qualquer telefone.

A lente apresentada pela Xiaomi é uma 35 mm com abertura de f/1.4, equipada com sensor do tipo 4/3 de 100 megapixels – significativamente maior do que os sensores encontrados em qualquer smartphone, inclusive no conceito da Realme.

Estande da Xiaomi na MWC 2025
Empresa apresenta outros conceitos no evento (Imagem: Xiaomi)

Esse sensor maior permite captar mais luz, o que, em teoria, se traduz em fotos de melhor qualidade. Daniel Desjarlais, diretor de comunicações internacionais da Xiaomi, comentou com o Verge que a possibilidade de integrar um sensor maior é a principal motivação por trás desse formato inovador.

Dentro do anel magnético, dois contatos ajudam não apenas no alinhamento perfeito da lente, mas, também, gerenciam a transferência de energia e dados via um sistema óptico de 10 Gbps, batizado de LaserLink pela Xiaomi.

Ao contrário da conexão física da Realme, essa tecnologia permite que a lente opere com autofoco – embora a Xiaomi tenha mantido um anel de foco manual para ajustes mais precisos. As imagens, por sua vez, são processadas pelo software de imagem do próprio telefone, garantindo consistência no estilo visual com as demais fotos capturadas pelo dispositivo.

Outro ponto positivo do sistema modular da Xiaomi é a possibilidade de acoplar a lente no centro do aparelho ao invés de sobrepor ao módulo de câmera já existente. Esse design proporciona equilíbrio muito superior, tornando o dispositivo mais confortável para segurar e usar.

A fixação e remoção da lente ocorre com único movimento rápido e a ausência de uma montagem intermediária resulta em conjunto mais compacto do que o proposto pela Realme.

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Samsung e suas telas dobráveis

O grupo de displays da Samsung apresentado na MWC 2025 parece ter seguido a linha de “dobra e desdobra“, apresentando conceitos inovadores de telas dobráveis, como uma maleta com tela integrada e um console portátil de jogos dobrável.

Naturalmente, a Samsung Display é uma fabricante de telas e esses conceitos são apenas demonstrações do potencial de suas tecnologias caso sejam incorporadas por outros fabricantes.

Mas, segundo o Verge, mesmo assim, os protótipos são impressionantes e fizeram grande sucesso entre os visitantes da MWC 2025, que precisavam ser lembrados diversas vezes para não tocar nos aparelhos. Isso vale especialmente para o protótipo do console portátil no estilo Nintendo Switch, que se abre totalmente plano e se dobra ao meio para facilitar o armazenamento após o uso.

O Verge ainda traz que outro conceito que chamou a atenção no estande da Samsung na MWC 2025 foi um smartphone no estilo Samsung Galaxy Z Flip, assimétrico. Quando totalmente aberto, ele se assemelha a uma tela convencional, mas ao fechar, suas duas dobradiças deixam uma parte da tela interna exposta.

A Samsung apresentou uma série de outros exemplos e conceitos em seu estande, alguns dos quais já tínhamos visto na CES 2025. Se você consegue imaginar uma tela que se estica, se dobra ou se flexiona de alguma forma, a Samsung Display provavelmente tem um conceito nesse estilo.

Estande da Samsung na MWC 2025
Sul-coreana também trouxe várias novidades (Imagem: Divulgação/Samsung)

Nothing 3A

Os smartphones Nothing 3A foram anunciados recentemente, trazendo nova interpretação ao lema da empresa de “tornar a tecnologia mais divertida novamente”. Com hardware aprimorado em relação ao Phone 2A, câmeras atualizadas e recurso inovador chamado Essential Space, os aparelhos permitem armazenar e indexar capturas de tela, notas de voz e fotos diversas por meio de botão exclusivo.

Com preços a partir de US$ 379 (R$ 2,21 mil, na conversão direta) para o 3A e US$ 459 (R$ 2,68 mil) para o 3A Pro, os dispositivos apresentam especificações sólidas para a faixa intermediária — além de oferecerem uma amostra do que a Nothing vem desenvolvendo para este momento tão focado em IA.

O Verge aponta que a principal distinção entre o 3A e o 3A Pro está nas câmeras, perceptível à primeira vista. No 3A Pro, a proeminente estrutura redonda da câmera abriga lente telefoto periscópica com zoom de 3x, enquanto o 3A conta com zoom padrão de 2x.

Ambos os aparelhos vêm equipados com câmera principal de 50 megapixels com abertura f/1.8 e câmera ultrawide de oito megapixels. As câmeras telefoto utilizam sensores de 50 megapixels para oferecer zoom sem perda, com 4x no 3A e 6x no 3A Pro.

Com telas de 6,77 polegadas, os dispositivos são grandes e o 3A Pro se destaca por seu aspecto mais robusto devido à saliência de sua montagem de câmera. Ambos adotam o design marcante com traseira translúcida da Nothing, que confere visual ousado e ajuda a disfarçar o incômodo recesso da câmera do 3A Pro.

Os aparelhos são alimentados pelos chipsets Snapdragon 7S Gen 3, contam com 12 GB de RAM e oferecem 256 GB de armazenamento, bastante generoso para a categoria intermediária. Eles vêm com o Android 15 e a Nothing promete três anos de atualizações do sistema operacional e seis anos de patches de segurança. Atualmente, os smartphones estão sendo oferecidos nos EUA por meio do programa beta da Nothing.

Embora a interface Glyph e as tiras de LED ainda estejam presentes, a empresa parece estar direcionando seus esforços para funcionalidades de software. O Essential Space é um novo recurso que possibilita o armazenamento de capturas de tela, notas de voz e imagens, de forma semelhante ao aplicativo Pixel Screenshots, do Google.

Nothing 3A e 3A Pro já estão em pré-venda (Imagem: Reprodução/X/Nothing)

Sua galeria de fotos está cheia de imagens de momentos que você quer lembrar? Você gostaria de ter um espaço para guardar aquelas fotos inspiradoras para a reforma do banheiro? Ou precisa de um lugar para arquivar informações de um e-mail que você sempre precisa procurar?

Essa é a ideia por trás do Essential Space. Ao salvar seus arquivos nele, o sistema utiliza IA para extrair informações relevantes e organiza tudo o que, de outra forma, ficaria disperso pelo seu aparelho.

Atualmente, a funcionalidade do Essential Space é simples, mas a Nothing já planeja implementar mais recursos, como um modo que inicia a gravação de uma nota de voz ao virar o aparelho e a capacidade de organizar, automaticamente, conteúdos relacionados em coleções. Trata-se de recurso útil com camada inteligente de IA, demonstrando que a empresa investe na tecnologia de forma significativa e não apenas por modismo.

O modelo 3A já pode ser encomendado a partir desta terça-feira (4), com envio previsto para 11 de março. Já o 3A Pro estará disponível para pedidos a partir de 11 de março, com envios iniciando em 25 de março.

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