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‘Cérebros’ de celulares da Xiaomi ficam mais inteligentes

A Xiaomi revelou o Xring O1, seu primeiro chip avançadíssimo. E ele tem potência suficiente para ser rival da linha A18 de chips, da Apple, por exemplo. A empresa também lançou o smartphone 15S Pro e o tablet Pad 7 Ultra, ambos equipados com o novo chip. Também apresentou uma nova versão do Watch S4, que terá outro chip próprio da Xiaomi.

Assim, a Xiaomi entra para o grupo de fabricantes com seus próprios processadores. Modelos de iPhone, da Apple, têm processadores A (a linha iPhone 16 têm variações do A18, por exemplo). Modelos de Galaxy, da Samsung, têm chip Exynos (embora a distribuição varie bastante por região e modelo).

Xiaomi desenvolveu o chip Xring O1 para bater de frente com linhas avançadas (A18 da Apple, Snapdragon 8 Elite…)

O Xring O1 não é o primeiro chip da Xiaomi para celulares. Mas é o primeiro desde o Surge S1, lançado em 2017 para modelos intermediários.

Desenvolvido com processo de fabricação de segunda geração em três nanômetros, este é um chip projetado para rivalizar com linhas avançadas. Por exemplo:

  • Série A18 da Apple.
  • Snapdragon 8 Elite, da Qualcomm;
  • Dimensity 9400, da MediaTek.
Chip Xring O1, da Xiaomi, foi projetado para rivalizar com linhas avançadas (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

O que “processo de fabricação de segunda geração em três nanômetros” significa:

  • Processo de fabricação: tecnologia utilizada para construir os transistores – os pequenos interruptores que controlam o fluxo de corrente elétrica – num circuito integrado;
  • Três nanômetros: um nanômetro é um bilionésimo de metro. Esse número representa a distância entre os componentes chave do chip, como transistores. Quanto menor essa medida, mais transistores podem ser colocados num mesmo espaço, o que aumenta o desempenho do chip e reduz o seu consumo de energia;
  • Processo de fabricação de segunda geração: a primeira geração de uma tecnologia de 3nm é a versão inicial, com desafios para garantir eficiência e viabilidade. Já a segunda envolve aprimoramentos baseados nas lições aprendidas com a primeira, oferecendo melhorias em desempenho, eficiência energética e confiabilidade.
  • Resumindo: um chip de segunda geração de 3nm é uma versão mais refinada e eficiente de uma tecnologia de fabricação já avançada, projetada para oferecer melhor desempenho e menor consumo de energia em dispositivos eletrônicos.

Por que isso importa: chips mais avançados deixam aparelhos eletrônicos mais rápidos. Além disso, diminuem seu consumo de energia e aumentam sua capacidade de processamento. Isso é fundamental para smartphones, computadores, data centers e até para tecnologias emergentes como inteligência artificial e veículos autônomos.

Por dentro do novo chip da Xiaomi

A Xiaomi optou por uma CPU de 10 núcleos, mais do que qualquer concorrente. Dois núcleos principais Arm Cortex-X925 operam a 3,9GHz. Outros quatro núcleos, a 3,4GHz. Dois, a 1,9GHz. E mais dois a 1,8GHz.

Ilustração de chip Xring O1, da Xiaomi, mostrando sua CPU e GPU
Xiaomi optou por uma CPU de 10 núcleos no Xring O1, mais do que qualquer concorrente (Imagem: Divulgação/Xiaomi)

GPU de 16 núcleos Immortalis-G925 também está entre as melhores disponíveis. Ela iguala a potência gráfica à do melhor chip da MediaTek.

A arquitetura dos chips têm varia tanto entre os principais fabricantes que velocidades de clock e contagem de núcleos já não são os melhores indicadores de desempenho. Nem benchmarks de laboratório.

  • No entanto, a pontuação alegada pela Xiaomi no AnTuTu — mais de três milhões — coloca o Xring O1 entre os melhores. E a empresa também está confiante na eficiência energética do seu chip.

Xiaomi 15S Pro (e otras cositas más)

Para reforçar o posicionamento do Xring O1 como “chip topo de linha”, a Xiaomi lançou o 15S Pro. O aparelho é essencialmente uma nova versão do 15 Pro, lançado em 2024. A principal mudança é a substituição do Snapdragon 8 Elite pelo chip próprio da Xiaomi.

Montagem com Xiaomi 15S Pro na horizontal mostrando sua tela e câmeras traseiras
(Imagem: Divulgação/Xiaomi)

Além do smartphone, a Xiaomi anunciou o Pad 7 Ultra, também equipado com o Xring O1. É um tablet premium com tela OLED de 14 polegadasbateria de 12.000mAh 5,1 milímetros de espessura. Isso faz dele um dos tablets mais finos do mercado.

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Para destacar que suas ambições vão além de um chip, celulares e tablets, a Xiaomi também lançou o Xring T1. Este chipset, também topo de linha, é voltado para smartwatches.

Ainda não se sabe muito sobre ele. Mas o que dá para dizer é: o chipset tem um modem 4G. E a Xiaomi colocou o Xring T1 numa versão com eSIM do Watch S4.

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