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Você sabia? Estado brasileiro abriga paisagem igual à de Marte que poucos conhecem

Coisa de outro mundo. É o que talvez passe pela sua cabeça ao ver fotos do “Deserto Vermelho” do Parque Nacional Serra da Capivara. Para um observador leigo, a paisagem parece mais alguma região de Marte do que da Terra. Mas, acredite se quiser, faz parte do Nordeste mesmo.

O parque fica no sudeste do Piauí. E a cor avermelhada do “deserto” é resultado de um processo geológico que envolve: tempo, vento e água sobre rochas de arenito ricas em óxidos de ferro.

Paisagem que parece deserto de Marte não é uma coisa nem outra

Apesar do nome, o “Deserto Vermelho” não é um deserto de verdade, como o Saara ou o Atacama. O clima é semiárido, com chuvas em parte do ano. Mas a aparência é tão marcante que a região ganhou esse apelido. A paisagem é resultado de milhões de anos de transformações geológicas.

Apesar do nome, o “Deserto Vermelho”, no Piauí, não é um deserto de verdade (Imagem: Claudia Regina/Wikimedia Commons)

O solo é avermelhado por conta de óxidos de ferro nos arenitos. Ao longo do tempo, vento e água esculpiram chapadas, cânions e paredões no “deserto”. Tudo isso num ecossistema pertencente à Caatinga, mas com características únicas.

Essa região é rica em biodiversidade. Afinal, a Caatinga é um bioma cheio de vida, apesar de parecer seca. Durante o período das chuvas, a vegetação do “deserto” fica verde e vibrante. Na seca, os tons avermelhados tomam conta, o que reforça a cara de deserto da paisagem.

Apesar de parecer Marte, ‘Deserto Vermelho’ abriga história do Brasil e das Américas

No entanto, o “Deserto Vermelho” não é só natureza. Ele também é história viva. Isso porque a Serra da Capivara é um dos sítios arqueológicos mais importantes das Américas. Para você ter ideia, o parque é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1991.

Pinturas rupestres na Serra da Capivara, no Piauí
Serra da Capivara abriga pinturas rupestres com mais de 25 mil anos (Imagem: Wikimedia Commons)

Para começar, a Serra da Capivara abriga pinturas rupestres com mais de 25 mil anos. Além disso, o local tem vestígios com indícios de presença humana que remontam a mais de 60 mil anos.

  • É o que revelaram pesquisas lideradas pela arqueóloga Niède Guidon. Elas mudaram o que se sabia sobre o povoamento das Américas.

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Experiências para turistas

Quem visita o “Deserto Vermelho” encontra mais do que uma paisagem inusitada. Isso porque o Parque Nacional Serra da Capivara oferece trilhas, visitas guiadas e experiências educativas. Também há rotas e pontos icônicos como a Pedra Furada, um dos cartões-postais da região (veja abaixo).

Pedra Furada, na Serra da Capivara, no Piauí
A Pedra Furada é um dos cartões-postais da Serra da Capivara, no Piauí (Imagem: Artur Warchavchik/Wikimedia Commons)

A melhor época para conhecer depende do gosto do visitante. Entre janeiro e julho, o clima é mais ameno e a paisagem é mais verde. De agosto a novembro, predomina o aspecto mais seco, quente e avermelhado.

  • Vale mencionar: seja qual for a escolha, recomenda-se contratar guias credenciados para garantir segurança e respeito ao local.

O “Deserto Vermelho” é um tesouro brasileiro que merece ser conhecido por todos, sim. Mas preservar essa região é essencial. Por isso, se for “turistar”, faça de maneira consciente. E boa viagem.

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